"Peço às nossas forças de segurança (...) que não permitam que indivíduos mal-educados de outros países ultrapassem as nossas linhas", disse Hassan num encontro com diplomatas tanzanianos.
"Ativistas da nossa região estão a tentar interferir e intrometer-se nos nossos assuntos", denunciou a Presidente depois de a candidata presidencial queniana Martha Karua ter sido expulsa da Tanzânia no domingo, quando tentava comparecer na audição do líder da oposição, Tundu Lissu, em Dar es Salaam.
O líder da oposição do país foi detido após um comício a 9 de abril, tendo sido acusado de "incitamento ao bloqueio das eleições" e de"traição", uma acusação punível com a morte.
Tundu Lissu deveria ter sido ouvido hoje, mas o caso foi adiado para o dia 2 de junho, disse o advogado, Rugemeleza Nshala, que acompanhou no tribunal onde chegou a deslocar-se.
O seu partido, o Chadema, foi excluído das próximas eleições presidenciais e legislativas, previstas para outubro, depois de se ter recusado a assinar um novo "código de conduta eleitoral" que, segundo ele, não incluía as reformas que exigia.
A oposição tanzaniana e ONGs de direitos humanos denunciam a repressão política do governo liderado pela Presidente Samia Suluhu Hassan, que acusam de cair nas práticas autoritárias de seu antecessor John Magufuli (2015-2021).
As eleições presidenciais e legislativas estão marcadas para outubro neste país vizinho de Moçambique, com mais de 65 milhões de habitantes, governado pelo mesmo partido desde a independência em 1961.
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