"Continuaremos a trabalhar incansavelmente para garantir que todos os responsáveis por graves violações dos direitos humanos, seja na Rússia, na Ucrânia ou em qualquer outro lugar, sejam levados à justiça", escreveu a ONG com sede em Londres, num comunicado.
"Nenhum ataque autoritário irá silenciar a nossa luta pela justiça. A Amnistia nunca desistirá e nunca recuará", escreveu.
A Procuradoria-Geral da Rússia classificou a ONG como "indesejável", uma medida destinada a proibir a atuação na Rússia, que tem vindo a reprimir a sociedade civil e todas as vozes críticas no país desde o início da guerra russa na Ucrânia, a 24 de fevereiro de 2022.
"A sede londrina da Amnistia é o centro de preparação de projetos russófobos globais financiados pelos cúmplices do regime de Kiev", afirmou a Procuradoria-Geral russa num comunicado.
A instituição acusou a ONG de "fazer tudo o que está ao seu alcance para reforçar a confrontação militar na região, justificar os crimes dos neonazis ucranianos e apelar para um aumento do seu financiamento".
Em termos práticos, o estatuto de "indesejável" obriga as organizações em causa a fecharem as portas na Rússia.
E os russos que trabalham para elas, as financiam ou colaboram com elas também podem ser alvo de processos judiciais.
No seu 'site' da Internet, a Amnistia Internacional descreve a Rússia como um país que "continua a guerra de agressão contra a Ucrânia" e onde "os direitos à liberdade de expressão, de reunião pacífica e de associação continuam a ser severamente restringidos".
A Rússia elaborou pela primeira vez uma lista de "organizações indesejáveis" em 2015. Atualmente, a lista inclui 223 entidades.
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