ONU: "Políticas climáticas podem ajudar comércio e economias"

O secretário executivo da ONU para o clima, Simon Stiell, advertiu hoje que num mundo de mudanças e perturbações ter políticas climáticas claras e fortes é um antídoto para a incerteza económica.

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Lusa
20/05/2025 18:22 ‧ há 5 horas por Lusa

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"As políticas climáticas podem ajudar o comércio a fluir e as economias a crescer. E evitar impactes climáticos extremamente destrutivos", disse Stiell ao intervir na Cimeira da Natureza 2025, que decorre na Cidade do Panamá.

 

Lembrando que o comércio e a incerteza económica têm dominado as notícias, que as cadeias de abastecimento mundiais estão a desmoronar-se, Simon Stiell avisou que o caos climático pode ter consequências piores e que por causa das secas "a fome está de volta".

Quando se fala das tarifas e das barreiras comerciais e do abrandamento do crescimento há também boas notícias, como os projetos de energia limpa em todo o mundo, como os investimentos de milhares de milhões nesse setor.

O secretário executivo da ONU para as Alterações Climáticas da ONU acrescentou que são necessários novos planos climáticos nacionais, em todo o mundo.

Os planos nacionais (conhecidos por NDC) são as contribuições de cada país para reduzir os gases com efeito de estufa. Na próxima cimeira da ONU sobre o clima, no Brasil, os países devem atualizar os NDC.

"No passado, os planos climáticos tendiam a concentrar-se principalmente em cortes: cortes nas emissões de gases com efeito de estufa e na energia à moda antiga. Esta nova geração de planos climáticos concentra-se no crescimento. Indústrias e economias em crescimento", explicou Simon Stiell.

Nas palavras do responsável, se forem bem executados, estes planos podem atrair uma série de benefícios, como mais empregos, mais rendimentos, e um círculo virtuoso de maior investimento.

E porque a liderança política é importante, Simon Stiell disse que os sinais políticos de quase todas as maiores economias do mundo são muito claros: a descarbonização global é imparável e continua a ganhar ritmo e escala. "Mais de 90% da nova energia no ano passado era renovável".

Apontando as apostas no clima do Brasil, Alemanha ou China, o responsável opinou que tal não se deve só a melhores intenções ambientais, mas sim porque "a descarbonização global é a maior transformação económica", da atualidade, tornando-a "uma das maiores oportunidades de negócio" de sempre.

Salientando que a cooperação torna os países mais prósperos o secretário executivo defendeu ainda que agora é altura de trabalhar em conjunto para que todos beneficiem.

A Cimeira da Natureza junta líderes governamentais, empresários e filantropos e tem por finalidade impulsionar o futuro da economia azul e verde.

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