Trata-se da primeira ordem executiva de Lee Jae-myung, que venceu as eleições presidenciais da Coreia do Sul na terça-feira e assumiu de imediato o cargo.
O anúncio foi feito pela porta-voz do gabinete presidencial, Kang Yu-jun, numa conferência de imprensa, referindo ainda que Lee tinha ordenado ao vice-primeiro-ministro, Lee Ju-ho, que convocasse uma reunião especial ainda hoje com autoridades relevantes e altos responsáveis.
O novo presidente ordenou também uma reunião de alto nível sobre segurança pública, com a participação de responsáveis dos governos locais, a realizar-se na manhã de quinta-feira.
Lee Jae-myung assumiu hoje a presidência da Coreia do Sul, após a sua vitória ter sido confirmada pelo organismo eleitoral sul-coreano.
Membro do Partido Democrático (PD-liberal), anteriormente da oposição, Lee Jae-myung venceu as eleições presidenciais sul-coreanas com 49,42% dos votos, contra 41,15% do seu principal concorrente, Kim Moon-soo, do conservador Partido do Poder Popular (PPP) e herdeiro político do ex-presidente Yoon Suk-yeol.
A Coreia do Sul realizou eleições antecipadas devido ao afastamento de Yoon Suk-yeol, destituído por ter tentado impor a lei marcial em dezembro passado.
No início de dezembro, Yoon declarou surpreendentemente a lei marcial e enviou o exército para assumir o controlo do parlamento, amplamente dominado pela oposição, a fim de silenciá-lo.
Na ocasião, um número suficiente de deputados conseguiu reunir-se para votar uma moção e rapidamente fazer fracassar a iniciativa do então Presidente, que foi classificada como um golpe de força.
Seguiram-se seis meses de profundo caos político, entre manifestações maciças, prisão e destituição de Yoon Suk-yeol, sucessão inédita de presidentes interinos e outras reviravoltas, nomeadamente judiciais.
A cerimónia de tomada de posse de Lee Jae-myung teve lugar no interior da Assembleia Nacional (parlamento), em Seul, num formato encarado como minimalista, com 360 participantes, incluindo líderes bipartidários, deputados e membros do Governo cessante. O candidato rival derrotado do PPP, que também era membro do executivo cessante, não compareceu à cerimónia.
O novo governante enfrenta sérios desafios nacionais, incluindo uma das taxas de natalidade mais baixas do mundo e o aumento do custo de vida.
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