"A reposição da circulação ferroviária é garantida após a execução dos trabalhos de substituição, reparação e reabilitação dos equipamentos dos sistemas de sinalização eletrónica que haviam sido alvo de atos de furto e vandalismo, impedindo a exploração comercial da linha", refere a IP em comunicado hoje divulgado.
A extensão dos danos incidiu entre as estações de Mira Sintra-Meleças e Sabugo, "obrigando à realização de um significativo conjunto de intervenções não previstas no planeamento inicial da obra, prejudicando os prazos previstos para a reposição da circulação ferroviária".
A intervenção abrangeu o sistema de sinalização eletrónica da estação de Mira Sintra-Meleças, com a reposição de cabos de sinalização e alimentação de energia, reconstrução de armários técnicos furtados e danificados, construção e reabilitação de sinais luminosos.
Com a reabertura dos troços Torres Vedras - Malveira, em janeiro, e Malveira - Meleças, "ficam restabelecidas as condições de exploração ferroviária em toda a extensão da Linha do Oeste, voltando a ser disponibilizado às populações um serviço de transporte de grande capacidade e eficiência e com melhores condições de mobilidade e segurança".
No âmbito das obras de modernização da Linha do Oeste, em abril de 2024, foi suspensa a circulação ferroviária entre Meleças e Torres Vedras, "para permitir a realização dos trabalhos no túnel da Sapataria", no concelho de Sobral de Monte Agraço.
O prazo para conclusão das empreitadas já teve vários adiamentos.
A IP adiou para o final deste ano a conclusão das obras de modernização e eletrificação na Linha do Oeste (Sintra/Figueira da Foz), devido a sucessivos atrasos na empreitada, para os quais a Comissão para a Defesa da Linha do Oeste tem alertado.
O projeto de modernização da Linha do Oeste está dividido em duas empreitadas, sendo a primeira a de eletrificação e modernização do troço entre Mira Sintra-Meleças e Torres Vedras, num investimento de 61,7 milhões de euros (ME).
A segunda consiste na modernização e eletrificação do troço entre Torres Vedras e Caldas da Rainha, orçada em 40 milhões.
Contudo, o investimento global é de 160 milhões, incluindo expropriações.
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