Em comunicado, o Sindicato dos Trabalhadores Consulares e das Missões Diplomáticas e dos Serviços Centrais do Ministério dos Negócios Estrangeiros (STCDE) adiantou que os trabalhadores vão avançar para o segundo período da greve na próxima semana, face ao "silêncio e ausência de resposta do Governo".
A greve de quatro semanas é uma forma de luta para que estes trabalhadores tenham o salário fixado em euros e decorre até 26 de março.
"A primeira semana de greve conheceu uma extraordinária adesão que encerrou praticamente todos os postos. Por parte do governo, total silêncio e ausência de comunicação oficial, numa postura incompreensível que tem por primeiro efeito reforçar a mobilização de todos os trabalhadores, que continuarão, portanto, com o seu movimento de protesto", lê-se na nota do sindicato.
Segundo o STCDE, estes funcionários são os únicos dos serviços periféricos externos do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) e da Administração Pública portuguesa a não terem o seu salário fixado em euros.
"As suas remunerações foram congeladas ao câmbio de 1 euro por 2,638 reais, câmbio fictício, mas conveniente para o MNE, sendo que à data do envio do aviso prévio de greve o câmbio era de 6,0127 reais para 1 euro. Não houve reposição da tabela salarial destes trabalhadores para euros, recebendo atualmente menos de metade do que lhes é devido", prossegue a organização sindical.
A greve foi anunciada a 11 de fevereiro e desde então o sindicato manteve uma reunião com a secretária de Estado da Administração Pública, não tendo surgido mais nenhum avanço para a resolução da questão.
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