A presidente do Município de Portalegre, Fermelinda Carvalho, explicou que existem "casas com muitos danos materiais", mas não estão ainda apurados todos os prejuízos causados pelo mau tempo.
"Há cerca de 12 casas afetadas que eu já vi, mas admito que haja mais. Numa das casas, as pessoas estão desalojadas, não vão poder lá dormir, pois os danos, mesmo dentro da própria habitação, são grandes", disse.
Fermelinda Carvalho indicou ainda que a família, constituída por dois adultos e uma criança, vai ser realojada em casa de familiares.
"Eu tenho estado com eles, têm suporte familiar, têm essa possibilidade dentro da família. Eu ofereci essa ajuda, mas não necessitam nesta fase, não é necessário", sublinhou.
A autarca indicou ainda que há a registar "centenas de árvores" arrancadas ou partidas em consequência do fenómeno de ventos fortes verificado hoje nesta zona alentejana.
Durante a tarde, segundo a autarca, os serviços municipais de Proteção Civil, bombeiros, funcionários da EDP e outras entidades têm efetuado trabalhos de corte de árvores caídas junto a casas e na via pública.
Fermelinda Carvalho relatou ainda que o "cenário é de destruição", sublinhando que as pessoas "ficaram assustadas" com a situação que ocorreu "de forma repentina".
"As pessoas começaram a ouvir um barulho, enfim, digamos que foi um 'minitornado', não sei se é o termo técnico correto, mas é aquilo que as pessoas me descrevem, que entrou nas casas, derrubou chaminés e levou telhados, parte de coberturas de habitações", explicou.
Fonte do Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil do Alto Alentejo indicou à Lusa que o fenómeno de ventos fortes foi registado entre as 12:00 e as 12:30, na zona de Pedra Basta, na periferia de Portalegre, e até à zona onde se situa a Estrada Municipal 1146.
Segundo o comando sub-regional, foram registadas seis quedas de árvores e o desabamento de estruturas edificadas (danos em três telhados e uma chaminé).
A mesma fonte da Proteção Civil indicou ainda que não existiam feridos, apenas danos materiais.
De acordo com a mesma fonte, os números apresentados podem não ser iguais aos de outras entidades, como os revelados pela presidente da Câmara de Portalegre, uma vez que o Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil do Alto Alentejo apenas regista os episódios em que a sua intervenção é solicitada.
O socorro mobilizou 22 operacionais, apoiados por oito veículos, incluindo meios dos Bombeiros de Portalegre, do Serviço Municipal de Proteção Civil e de empresas de fornecimento de eletricidade e telecomunicações.
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