Em comunicado, "a equipa de gestão transitória que se encontra em funções esclarece que a Assembleia Geral Eleitoral foi deliberada pela Mesa da Assembleia Geral (MAG) a 26 de fevereiro, cumprindo os estatutos, que os cadernos eleitorais foram afixados até 17 de março, as candidaturas [neste caso lista única] aceites até 30 do mesmo mês e a votação marcada para 30 de abril".
Esclarece igualmente que "todos os sócios foram informados" e que "os votos presenciais e por correspondência decorreram normalmente das 10h00 às 18h00 de 30 de abril".
Fonte da direção do Sindicato dos Enfermeiros (SE) disse hoje à Lusa que "não houve indicação jurídica nenhuma de que as eleições não se podiam realizar, cabendo aos tribunais decidir" sobre o assunto.
Em 30 de abril, um grupo de sócios do sindicato esteve concentrado junto ao sindicato a contestar as eleições para os órgãos sociais do SE que estavam a decorrer e avisou que iria impugnar as eleições por serem "ilegais e carecerem de Democracia".
Em declarações, na altura, à agência Lusa à porta da sede do SE no Porto, Rui Carvalho, delegado sindical, apontou a existência de uma providencia cautelar para impedir o ato eleitoral, fundamentada pela "ilegalidade da convocatória".
No dia 30 de abril, a Lusa tentou falar com o líder da lista única, o enfermeiro Luis Silva, que se encontrava num gabinete da sede do SE numa área à qual seguranças privados não deixavam aceder.
Na nota hoje divulgada, o SE afirma que "a contratação de segurança privada teve caráter preventivo, após as constantes ondas de difamação, suspeições, insinuações, ataques à violação dos estatutos da instituição, à honorabilidade da equipa de gestão e da lista candidata, para a realização do ato eleitoral em questão".
A equipa de gestão refere ainda que "nas últimas semanas, um pequeno grupo de associados desencadeou uma intensa onda de contestação contra o processo eleitoral do sindicato, recorrendo simultaneamente a frentes mediática, judicial e interna. Munidos de declarações públicas sem fundamento, promoveram uma campanha de desinformação que põe em causa a legitimidade do ato eleitoral do passado dia 30 de abril".
Leia Também: Adesão à greve dos enfermeiros da ULS do Algarve ronda os 70%