Saúde. PPP anunciadas são "negociata" de Governo "derrotado" e de 'saída'

Os comunistas criticaram a aprovação de parcerias público-privadas em hospitais de várias cidades do país, apelando também ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, "que, no quadro das suas competências próprias, impeça a concretização."

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© Rita Franca/NurPhoto via Getty Images

Lusa
07/03/2025 19:43 ‧ há 2 dias por Lusa

Política

PCP

O Partido Comunista Português (PCP) considerou que as novas Parcerias Público-Privadas (PPP) para cinco hospitais, anunciadas estas quinta-feira em Conselho de Ministros, são uma "negociata de última hora", para além de um "ataque ao SNS por um Governo derrotado a poucas horas de ser demitido".

 

Numa nota partilhada no site do PCP e também na rede social X (antigo Twitter), os comunistas referem que a decisão do Executivo "constitui um novo e grave passo na estratégia de ataque e destruição do SNS"

O PCP considera que a 'luz verde' é "uma decisão inaceitável que lesa os direitos da população no seu acesso aos cuidados de saúde e ameaça os direitos e condições de trabalho dos profissionais", assim como "uma decisão que compromete o interesse público e cria uma instabilidade agravada na gestão das unidades do SNS, a somar à acentuada falta de meios humanos e financeiros e à onda de demissões e substituições de conselhos de administração."

"Decisão tão mais ilegítima quando adoptada por um Governo derrotado a poucas horas de ser demitido", lê-se na nota.

O PCP dá ainda conta de que a intenção do Executivo confirma "a sua submissão aos interesses dos grupos económicos que operam nesta área" e ainda 'deixa' espaço a críticas à governação anterior.

"O Governo PSD/CDS, na sequência do anterior governo do PS, não resolveu os problemas de carência de profissionais de saúde, manteve um investimento muito baixo, limitou a autonomia, asfixiou financeiramente as instituições públicas de saúde e centralizou decisões na direção executiva e no Ministério, criando enormes dificuldades ao SNS", lê-se na nota, onde é também pedido ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, "que, no quadro das suas competências próprias, impeça a concretização" destas medidas.

Recorde-se que a aprovação destas PPP foi anunciada esta sexta-feira, com o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, a referir que estas estas parcerias serão fechadas em hospitais de Braga, Vila Franca de Xira, Loures, Amadora e Almada.

Leia Também: Governo aprova lançamento de PPP em 5 hospitais. E que disse sobre crise?

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