"As expectativas para a nossa campanha e para este ato eleitoral são conseguirmos eleger dois a três deputados e conseguir um grupo parlamentar", declarou Paulo Brito, no arranque da campanha eleitoral, no Funchal, em frente à Assembleia Legislativa Regional.
O também coordenador regional do PPM afirmou que "tudo é possível" e que o partido tem crescido na região autónoma, pelo que, no seu entender, alcançar o objetivo de eleger mais do que um deputado em 23 de março é viável.
"E temos a certeza de que vamos conseguir, para resolver todos os problemas a que nos propomos aqui na Região Autónoma da Madeira", acrescentou o candidato, acompanhado do secretário-geral do PPM, Paulo Estêvão.
Os monárquicos rejeitam, contudo, apoiar um governo do social-democrata Miguel Albuquerque, atual presidente do executivo madeirense e arguido num processo sobre suspeitas de corrupção, e, por outro lado, também não se coligarão com partidos de esquerda.
Paulo Brito, artista plástico, trabalha numa empresa de segurança privada e está ligado ao PPM desde 2016, tendo passado a coordenador regional em 2020.
O partido, que integra a nível nacional e nos Açores a coligação de direita liderada pelo PSD, concorre pela primeira vez numas eleições madeirenses.
Estas legislativas, as terceiras em cerca de um ano e meio, decorrem com 14 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo único: CDU (PCP/PEV), PSD, Livre, JPP, Nova Direita, PAN, Força Madeira (PTP/MPT/RIR), PS, IL, PPM, BE, Chega, ADN e CDS.
As eleições antecipadas ocorrem 10 meses após as anteriores, na sequência da aprovação de uma moção de censura apresentada pelo Chega - que a justificou com as investigações judiciais envolvendo membros do Governo Regional, inclusive o presidente, Miguel Albuquerque (PSD) -- e da dissolução da Assembleia Legislativa pelo Presidente da República.
O PSD tem 19 eleitos regionais, o PS 11, o JPP nove, o Chega três e o CDS dois. PAN e IL têm um assento e há ainda uma deputada independente (ex-Chega).
Após as eleições do ano passado, também antecipadas, o PSD fez um acordo de incidência parlamentar com o CDS, insuficiente, ainda assim, para a maioria absoluta. Os sociais-democratas tiveram também já um acordo com o PAN.
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