BE diz que regime do subsídio de mobilidade "tem boa intenção" mas não resolve

O cabeça de lista do BE às eleições antecipadas da Madeira disse hoje que o regime uniforme do subsídio de mobilidade para a Madeira e os Açores "tem uma boa intenção", mas "não resolve o essencial do problema".

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© Helder Santos/ ASpress via Global Imagens

Lusa
09/03/2025 19:21 ‧ há 6 horas por Lusa

Política

Madeira

O candidato bloquista considera ser fundamental que os madeirenses e os açorianos paguem apenas o valor facial do subsídio nas viagens áreas para o continente e entre arquipélagos (sem avançar com o preço de venda e necessitar de reembolso posterior), situação que não está consagrada no decreto-lei aprovado em Conselho de Ministros.

 

"Desse ponto de vista, o problema não é resolvido, apesar de a intenção parecer boa", disse Roberto Almada, adiantando que o BE vai "continuar a lutar" na Assembleia da República para que a medida seja definida em sede de regulamentação.

O cabeça de lista e dirigente regional do BE falava à margem de um almoço-comício da candidatura, no concelho de Câmara de Lobos.

No seu entendimento, o momento escolhido pelo Governo para avançar com o decreto-lei é "eleitoralista".

"Nós sabemos que nada é feito por acaso e a maioria na República é igual à maioria na região e também quer tirar dividendos dessa alteração", disse, realçando, no entanto, que "o que interessa é que o problema das pessoas seja resolvido".

"Se for resolvido já, ótimo", reforçou.

O Ministério das Infraestruturas e Habitação anunciou hoje a aprovação, em Conselho de Ministros, do novo modelo para atribuição do Subsídio Social de Mobilidade para as viagens regulares entre o continente e as ilhas e entre estas.

"Este decreto-lei vem criar um regime jurídico uniforme e único, tendo em vista objetivos de simplificação, eficiência e tratamento igualitário entre as Regiões Autónomas", afirma o gabinete do ministro Miguel Pinto Luz em comunicado.

Fonte do ministério adiantou à Lusa que com o decreto-lei "será publicada a portaria que define o novo modelo (manutenção do atual custo máximo elegível de 400 euros para a Madeira e de 600 euros para os Açores)".

Como tinha já sido anunciado em finais de 2024, os residentes na Madeira suportarão uma tarifa de 79 euros (86 atualmente), e os estudantes de 59 euros (65 é o valor atual).

Nos Açores, os residentes suportarão uma tarifa máxima de 119 euros (atualmente é de 134) nas viagens entre o arquipélago e o continente, enquanto os estudantes suportarão 89 euros (atualmente 99).

Os residentes nos dois arquipélagos suportarão uma tarifa de 79 euros nas viagens entre regiões, enquanto os estudantes pagarão 59 euros.

Leia Também: BE quer encostar governo da Madeira à parede para evitar mais abusos

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