"A campanha não deve ser de casos, mas da vida das pessoas"

A coordenadora do BE escusou-se hoje a comentar a abertura de uma averiguação preventiva pelo Ministério Público ao secretário-geral do PS, afirmando que "a campanha não deve ser de casos, mas da vida das pessoas".

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© Rita Franca/NurPhoto via Getty Images

Lusa
17/04/2025 14:07 ‧ há 2 dias por Lusa

Política

Mariana Mortágua

"Estou a reservar as minhas indignações para a vida difícil das pessoas, de quem trabalha. Quero que a campanha seja sobre isso. Sei que é um risco que, se não falar do caso do dia, as televisões não passam a dificuldade da vida destas pessoas. Mas eu vou insistir até que passem", afirmou hoje Mariana Mortágua, em Castelo Branco, onde se deslocou para participar numa concentração de trabalhadores do Centro de Contacto da Segurança Social de Castelo Branco, convocado pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Telecomunicações e Audiovisual (SINTTAV).

 

A bloquista defendeu que a campanha eleitoral "não deve ser de casos, mas da vida das pessoas".

"Há um 'call center' em Castelo Branco da Segurança Social, onde as pessoas trabalham para a Reditus e ganham o salário mínimo, onde sofrem pressões todos os dias, onde não é possível um sindicato entrar dentro da sala para verificar as condições de trabalho das pessoas que há meses que pedem um ponto de água e não tem um ponto de água para beber", sublinhou.

Mariana Mortágua defendeu "ou as eleições servem para falar sobre o povo e o país ou então os políticos estão a prestar um mau serviço à sociedade".

A dirigente bloquista prometeu voltar a Castelo Branco as vezes que forem necessárias.

"Nem que tenha que vir aqui de seis em seis meses, até que estas trabalhadoras tenham o ponto de água na sala que merecem, o subsídio de refeição que merecem e o salário que merecem, porque isto é o nosso povo, o nosso país", frisou.

Segundo a líder do BE, no caso deste 'call center' da Segurança Social em Castelo Branco, "há uma má vontade da empresa [Reditus] e da própria Segurança Social".

Defende que os trabalhadores deveriam ser técnicos da Segurança Social, "mas ganham um subsídio de alimentação menor que a Função Pública - pouco mais de quatro euros - e ganham o salário mínimo nacional".

"Eu pergunto se isto é justo, se isto é o país que nós queremos, se é assim que queremos respeitar os trabalhadores do nosso pais. Acho que não", concluiu.

Para o BE, estes trabalhadores têm o direito de ser integrados na Segurança Social e serem pagos pelo trabalho qualificado que prestam diariamente.

"E, devem ser respeitados por isso. E o que eu vi no interior do 'call center' concessionado à Reditus não foi respeito, nem por mim, nem pelo sindicato e muito mais importante do que isso, não vi respeito pelos trabalhadores e pelas trabalhadoras", disse.

Leia Também: Martim Moniz? "Mantemos a nossa crítica", diz Mortágua após arquivamento

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