"Avaliação de líderes é fundamental. PSD não quer, mas tem de falar"

O secretário-geral do Partido Socialista (PS), Pedro Nuno Santos, foi questionado, esta sexta-feira, acerca das acusações de desonestidade política por parte do PSD, nomeadamente, sobre as palavras do primeiro-ministro, Luís Montenegro, que disse que não iria usar casos pessoais em campanha.

"A avaliação dos líderes políticos é fundamental numa campanha. Percebo que o PSD não queria falar daquilo que é o perfil dos candidatos, mas tem de falar", afirmou, em declarações aos jornalistas, em Sintra, quando também questionado sobre se iria "voltar" aos casos de Montenegro.

Sublinhando que em campanha se avalia o perfil dos candidatos, Pedro Nuno Santos apontou que este "não era um tema irrelevante."

"Não há em nenhum dos casos qualquer tipo de equivalência. A equivalências que se fazem entre políticos destrói a própria democracia. A avaliação que fazemos do nosso principal adversário e do líder do nosso principal adversário é uma avaliação importante que não pode deixar de estar em campanha", acrescentou.

"Percebo que não queriam fazer no que diz respeito a mim porque percebem bem que não me podem comparar mim com Montenegro", distinguiu ainda, acrescentando: "Nós faremos sempre um trabalho sobre o projeto do país, mas também está avaliação o perfil de cada um dos candidatos."

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Partidos políticos pediram esclarecimentos e que a justiça fizesse agora "o seu papel", por forma a apurar a situação que envolve o líder da oposição e a compra de dois imóveis. Pedro Nuno Santos aponta que "quem não deve não teme" e publicou a documentação referente às casas.

Notícias ao Minuto com Lusa | 09:35 - 18/04/2025

O secretário-geral do PS disse que iria entrar um requerimento para ser ouvido pelo Ministério Público, já no início da semana e, confrontando com a questão, Pedro Nuno Santos vincou que seria "importante" ser ouvido antes da campanha - já que para além de "injusta", a situação pode "confundir as pessoas."

Recorde-se que o Ministério Público abriu, na quarta-feira, uma averiguação preventiva sobre compra de duas casas em Lisboa e em Montemor-o-Novo, tendo o socialista garantido que "quem não deve não teme, quem não teme não foge" e publicado todos os documentos relacionados com os negócios.

[Notícia atualizada às 11h26]

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