"Mantemos a nossa crítica. A nossa crítica é política. Tem a ver com a instrumentalização das forças de segurança, não respeitando a hierarquia definida e não respeitando critérios técnicos dessa ação", afirmou Mariana Mortágua.
A bloquista falava aos jornalistas à margem de uma concentração de trabalhadores do Centro de Contacto da Segurança Social de Castelo Branco, convocado pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Telecomunicações e Audiovisual (SINTTAV).
"Nós não conhecemos os resultados dessa ação que foi determinada e assumida pelo governo e mantemos a nossa critica à forma como o governo instrumentalizou essa ação", sustentou.
A operação da PSP no Martim Moniz, em dezembro de 2024, cumpriu todos os critérios legais, concluiu a Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI), que arquivou o inquérito, revelou hoje o Diário de Notícias (DN).
A operação policial decorreu em 19 dezembro de 2024, na rua do Benformoso, tendo resultado na detenção de duas pessoas e levou à circulação de imagens nas redes sociais com dezenas de pessoas encostadas à parede, de mãos no ar, para serem revistadas pela polícia.
Na resposta ao DN, a IGAI confirmou também que, após análise dos elementos enviados pela PSP, concluiu que "a ação de interdição de acessos à Rua do Benformoso, a necessidade de identificação e revista das pessoas presentes, assim como a forma da sua imobilização", estavam justificados pelas "condicionantes e objetivo da operação especial de prevenção criminal".
Acrescentou ainda que não houve excesso na utilização de meios.
Duas pessoas foram detidas e quase 4.000 euros em dinheiro apreendidos, assim como bastões, documentos, uma arma branca, um telemóvel e uma centena de artigos contrafeitos.
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