Tavares: Governo minoritário sem apoio parlamentar poderá ficar em gestão

O porta-voz do Livre, Rui Tavares, alertou hoje que um governo minoritário, sem um diálogo parlamentar que seja construtivo, poderá "muito rapidamente" tornar-se num executivo em gestão.

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Lusa
13/05/2025 18:57 ‧ há 3 horas por Lusa

Política

Livre

"Um governo minoritário na próxima legislatura, se não estiver assente num diálogo parlamentar que seja construtivo, pode muito rapidamente ser um governo em funções de gestão", afirmou Rui Tavares à saída do Hospital de Aveiro onde reuniu com os administradores.

 

Sem revelar se viabilizaria ou não um eventual Governo minoritário do PS, o dirigente do Livre assumiu que, para evitar esse cenário, é "importantíssimo" que se deixe de lado o jogo de quem é que chega primeiro, alegando que isso aplica-se ao futebol, mas não ao parlamentarismo.

"O que é preciso é ter uma maioria ou, pelo menos, uma base de apoio parlamentar a um governo que seja coerente e coeso", reforçou.

Na sequência da reunião em Aveiro, círculo eleitoral onde o Livre quer eleger deputados pela primeira vez, Rui Tavares revelou que, se houver um governo em gestão durante mais de um ano, isso impossibilita novas contratações e decisões administrativas na saúde.

Além disso, acrescentou, há reformas do Serviço Nacional de Saúde (SNS) que ficariam à espera de um governo que só viria com um novo ciclo político em 2026.

O porta-voz do Livre, que desde o início da campanha eleitoral tem defendido uma solução de governabilidade à esquerda, considerou que a esquerda não tem de falar a uma só voz, mas tem de ser pragmática e coordenar-se na altura de encontrar uma maioria de governação.

"Isso é o que acontece noutros países europeus e é o que pode acontecer em Portugal, mas, evidentemente, não acontecerá com partidos que não trazem este tipo de atitude para o centro da ação política", frisou.

Rui Tavares reforçou que o Livre não está a concorrer para a oposição, muito menos para a oposição à restante esquerda, mas sim para a governação.

Por isso, é fundamental que o Livre seja um "partido decisivo e de charneira na política portuguesa" para mudar o país, insistiu.

"Estou cada vez mais convencido de que apenas uma votação muito reforçada no Livre pode ser a chave para uma solução e uma alternativa de governação", concluiu.

Nas últimas eleições legislativas, o Livre não conseguiu eleger em Aveiro, tendo os deputados sido distribuídos pelo PSD (sete), PS (cinco), Chega (cinco) e Iniciativa Liberal (um).

Leia Também: PAN pede foco no fim da "bipartidarização" entre PS e PSD

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