Nuno Melo, ministro da Defesa, falava no comício de encerramento da campanha da AD - Coligação PSD/CDS, no Campo Pequeno, em Lisboa, antes do discurso de encerramento a cargo do líder social-democrata, Luís Montenegro.
Tal como acontecera momentos antes, na intervenção do ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, também o líder democrata-cristão atacou as anteriores governações socialistas, dizendo que ainda há um ano, quando Luís Montenegro teve o frente-a-frente televisivo com o Pedro Nuno Santos, à porta do local do debate estava uma manifestação de polícias.
"Este ano o debate repetiu-se e essa manifestação não estava lá. E porquê? Porque a AD governou para as pessoas e soube conquistar a paz social", sustentou.
Depois, deixou um apelo "aos médicos, aos enfermeiros, aos professores, aos polícias, aos militares, aos guardas prisionais e aos funcionários judiciais, a cada uma das classes socioprofissionais a quem a AD resolveu os seus problemas, que ajudem agora a AD".
"Ajudem a AD a obter a maioria robusta que precisamos para governar sem depender de mais ninguém. Estejam connosco como nós estivemos convosco por Portugal", acrescentou.
Na sua intervenção, o presidente do CDS repetiu a tese de que o atual PS "é o mais radical dos últimos 50 anos" e que só poderá governar com o PCP, Bloco de Esquerda, e Livre.
Voltou a visar o Chega, dizendo "foi durante um ano o maior aliado do PS - e o PS foi durante um ano o primeiro aliado do Chega". Mas, aqui, a novidade é que Nuno Melo se referiu diretamente à Iniciativa Liberal, procurando colocar esta força política no saco dos votos inúteis para a formação de um Governo à direita do PS.
"A Aliança Democrática precisa dos votos que assegurem essa maioria robusta. Cada voto no Chega, cada voto na iniciativa liberal, só deixará o PS mais próximo de governar - e esse risco Portugal não vai correr", concluiu.
[Notícia atualizada às 20h55]
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