PCP vai apresentar moção de rejeição do programa do Governo

O PCP vai apresentar uma moção de rejeição do programa do Governo, anunciou hoje o secretário-geral do partido.

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Lusa
20/05/2025 18:30 ‧ há 4 horas por Lusa

Política

Legislativas

O PCP vai apresentar uma moção de rejeição do programa do Governo, anunciou hoje o secretário-geral do partido, considerando que não é preciso esperar pelo documento para saber que vai conter ataques aos serviços públicos e direitos dos trabalhadores.

 

"Não podemos ficar à espera e temos de fazer tudo o que está ao nosso alcance para travar o desmantelamento do SNS, o assalto à Segurança Social, às alterações laborais, o processo de privatizações que está em curso. E a primeira iniciativa para travar isso é a apresentação de uma moção de rejeição ao programa do Governo", anunciou Paulo Raimundo em conferência de imprensa na sede nacional do PCP, em Lisboa, após uma reunião do Comité Central do partido.

Antecipando eventuais críticas sobre a apresentação de uma moção de rejeição de um programa de Governo que ainda não se conhece, Paulo Raimundo disse que todos conhecem "qual é a agenda, o que é que se perspetiva".

"E conhecemos uma outra coisa: conhecemos bem a unidade que existe entre o conjunto das forças mais votadas na Assembleia da República sobre cada uma destas matérias. E, portanto, connosco é, de forma clara, do princípio, um sinal claro de combate à política, às consequências na vida das pessoas e do país", frisou.

Paulo Raimundo reforçou que o PCP "fará tudo" para travar, "quer do ponto de vista institucional, quer do ponto de vista de ação diária e do combate", o "programa e a agenda reacionária" que considerou ser a do Governo.

Interrogado porque é que o PCP decidiu avançar com uma moção de rejeição que, à partida, deverá ser chumbada, Paulo Raimundo considerou que "terá um grande significado político, de condenação à política que o Governo quer apresentar".

"E terá outro significado importantíssimo: é que nós vamos dar combate ao Governo e à sua política, ao projeto e à agenda reacionária da direita em todas as frentes, na frente institucional e em todas as frentes de luta", reiterou..

Para o secretário-geral do PCP, a moção de rejeição é um "sinal importante para aqueles que não desistem, para aqueles que, com coragem, vão enfrentar esta política".

"Portanto, [a moção de rejeição] é uma tripla: vale pelo ato em si, pela condenação, e pelo que abre de esperança. Nós também não temos grande ilusões, mas não há nada que negue à partida uma moção que ainda se desconhece", disse.

Paulo Raimundo reconheceu que os resultados eleitorais das legislativas "acabaram por dar mais condições" para que a política do atual Governo fosse prosseguida, mas contrapôs que essa política é "completamente antipopular, antissocial" e "concentra nas mãos de uns poucos a riqueza, os lucros e aperta a vida da maioria".

"Não podemos ser coniventes com isto. E, portanto, por isso é que nós dizemos que o tempo de hoje não é um tempo de esperar, muito menos de dar a mão à direita e ao seu projeto. É um tempo de dar combate e estamos certos que esse combate arrastará outros", referiu.

O secretário-geral do PCP avisou que "não vale a pena alguém pensar, seja lá quem for, que se garante a estabilidade governativa, parlamentar, se a vida das pessoas continuar instável como está e se agravar essa instabilidade".

"Ora, nós não precisamos de condenar a política depois dela concretizada. Nós precisamos é de criar todas as condições para travar e esse [moção de rejeição] é um instrumento que está ao nosso díspar e não vamos prescindir dele", frisou.

[Notícia atualizada às 19h05]

Leia Também: PCP reúne Comité Central para avaliar resultados e ponderar iniciativas

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