Gouveia e Melo apresenta candidatura à Presidência no dia 29 em Lisboa  

O almirante Henrique Gouveia e Melo vai apresentar oficialmente a sua candidatura à Presidência da República no próximo dia 29, na Gare de Alcântara, em Lisboa. 

Notícia

© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Lusa
20/05/2025 15:42 ‧ há 8 horas por Lusa

Política

Presidenciais

De acordo com fonte oficial da candidatura do antigo Chefe do Estado-Maior da Armada, a apresentação está agendada para as 19h00. 

 

Gouveia e Melo confirmou que é candidato às presidenciais de janeiro de 2026, em declarações à Rádio Renascença, no passado dia 14, em plena campanha eleitoral para as legislativas antecipadas de domingo.

Segundo referiu, a sua decisão foi tomada também tendo em conta "alguma instabilidade interna que se tem prolongado" no país, devido a governos de curta duração e à falta de uma governação estável.

"Esta instabilidade interna está aos olhos de todos nós, portugueses", salientou Gouveia Melo, para quem o "mundo mudou bastante" desde 2023.

"A guerra da Ucrânia agravou-se, a tensão na Europa também se agravou, e a eleição do senhor Trump como Presidente dos Estados Unidos da América veio alterar a configuração internacional. Nós estamos perante uma nova tentativa de edificação de uma ordem mundial que pode ser perigosa, ou nos pode afetar de forma significativa", realçou o antigo chefe do Estado Maior da Armada, no passado dia 14.

Os líderes do PSD como do PS recusaram comentar a candidatura no decorrer da campanha para as legislativas, considerando que há tempo para abordar o tema.

Henrique Eduardo Passaláqua de Gouveia e Melo nasceu em Quelimane, Moçambique, em 21 novembro 1960. Ingressou na Escola Naval em 07 setembro de 1979 e passou 22 anos da sua carreira nos submarinos. Esteve três anos à frente da Marinha. 

O almirante decidiu passar à reserva logo após o fim do seu mandato, argumentando que continuar no ativo retirava-lhe "alguma liberdade" nos seus "direitos cívicos".

Depois de manter algum "tabu" sobre a sua candidatura, confirmou-a na semana passada. Em março, já tinha submetido um pedido ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial para registar como marca o "Movimento Gouveia e Melo Presidente".

Em fevereiro, num artigo publicado no semanário Expresso, intitulado "Honrar a Democracia", Gouveia e Melo considerou que "a bem do sistema democrático", o país deve ter um Presidente da República "isento e independente de lealdades partidárias", rejeitando que o chefe de Estado seja um "apêndice de interesses partidários".

O militar na reserva - que neste artigo se posicionou politicamente "entre o socialismo e a social-democracia, defendendo a democracia liberal como regime político" - sustentou a tese de que "nenhum Presidente pode ser verdadeiramente «de todos» se estiver claramente associado a uma fação política, pois não terá a independência necessária para representar o interesse coletivo".

"O Presidente não está ao serviço dos partidos, está ao serviço dos portugueses e de Portugal. Garante a Constituição, a união e a integridade do país e é, por isso, um poder-contrapoder de um sistema democrático equilibrado ao serviço da liberdade, segurança, equidade e prosperidade dos portugueses e, consequentemente, de Portugal", considerou.

Leia Também: Gouveia e Melo avança para Belém. Partidos apontam 'timing': "Criticável"

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