Universitários consideram que notícias geradas por IA têm mais qualidade

Estudantes universitários espanhóis e portugueses classificaram melhor as notícias geradas por inteligência artificial (IA), face a notícias escritas por jornalistas, segundo um estudo publicado na revista académica Comunicações em Ciências Humanas e Sociais.

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Lusa
13/05/2025 14:46 ‧ há 5 horas por Lusa

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Inteligência Artificial

O estudo intitulado "Notícias feitas por humanos vs notícias geradas por IA: uma comparação das avaliações de estudantes de jornalismo portugueses e espanhóis" concluiu que as notícias geradas pelo ChatGPT receberam, em média, classificações de qualidade mais altas em todas as categorias analisadas: celebridade, crime, acidente e cultura.

 

"Os resultados indicam que os alunos geralmente classificaram as notícias geradas pelo ChatGPT-3 como sendo de qualidade superior às notícias escritas por jornalistas", lê-se no estudo, acrescentando que os estudantes em Espanha deram classificações mais altas às notícias geradas por IA.

"Os estudantes universitários espanhóis deram uma classificação mais alta às notícias do ChatGPT-3 (M = 4,92) em comparação com a classificação média dada pelos estudantes portugueses (M = 4,59)."

As notícias do ChatGPT receberam a pontuação mais alta em termos de legibilidade, apresentação de factos, criação de títulos, citação de fontes, uso de pontuação e linguagem compreensível.

Em relação à qualidade percebida das notícias escritas pelos jornalistas, os estudantes de Espanha também deram em média uma classificação mais baixa (M = 4,33).

Em nenhuma das dimensões de qualidade avaliadas os estudantes universitários classificaram as notícias criadas por jornalistas como superiores, destacando as implicações para o papel dos humanos no contexto do uso da IA, sendo uma tendência observada de forma consistente entre os estudantes de Espanha e Portugal.

O estudo refere também que, perante o pouco interesses dos jovens em notícias, mesmo entre os que estudam jornalismo, estes "têm frequentemente dificuldade em distinguir as notícias verdadeiras das notícias falsas ou dos anúncios publicitários".

Além disso, a ascensão destes modelos de IA também levanta preocupações sobre os potenciais riscos, implicações e a relação com a evolução entre jornalistas e a criação de conteúdos orientados por IA.

"À medida que o campo da IA continua a avançar, mais pesquisas e discussões devem explorar as implicações para o jornalismo", bem como a forma como a IA pode moldar o cenário em evolução do consumo de notícias.

Este estudo teve como base a realização de dois inquéritos, em sala de aula, a 99 estudantes universitários portugueses e 345 espanhóis, com idades compreendidas entre os 18 e os 65 anos.

A revista académica Comunicações em Ciências Humanas e Sociais dedica-se ao estudo das ciências humanas, sociais e comportamentais, sendo resultado de uma bolsa de estudos.

Leia Também: Académicos apontam redes sociais como principal meio de desinformação

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