Esta nova produção da Comuna vai ficar em cena até dia 06 de abril e conta no elenco com Maria Ana Filipe, Miguel Damião e Rogério Vale, segundo informação disponibilizada à Lusa pela companhia de teatro.
Trata-se de uma comédia que explora a complexidade das relações familiares, a partir de um jantar de família, que todos esperam ser agradável e com boas memórias, mas que, à medida que o vinho flui e as palavras se tornam mais afiadas, traz à tona segredos há muito guardados.
Entre discussões sobre o passado, revelações inesperadas e momentos hilariantes, este jantar transforma-se numa noite inesquecível, onde cada membro da família é forçado a enfrentar as suas verdades.
A programação contempla também um espetáculo comemorativo do 53.º aniversário do Teatro da Comuna, 'Alguém terá de Morrer', de Luiz Francisco Rebelo e com encenação de João Mota, que se apresenta em palco de 30 de abril a 22 de junho.
Esta peça desenrola-se num espaço fechado, onde está confinada uma família, que é visitado inesperadamente por um emissário da morte e, num ambiente de tensão, entre segredos e conflitos, informa que alguém terá de morrer até à meia-noite.
Para dia 23 de outubro está prevista a estreia de um espetáculo encenado por João Mota, embora não seja certa ainda qual a peça em causa.
Segundo o diretor do teatro, as hipóteses em cima da mesa são 'O Arquiteto e o Imperador da Assíria', de Fernando Arrabal, ou 'A Puta Respeitosa', de Jean-Paul Sartre, e ficará em cena até dia 21 de dezembro.
Escrita em 1967 pelo dramaturgo espanhol Fernando Arrabal, um dos representantes do movimento chamado de Teatro da Crueldade, a peça 'O Arquiteto e o Imperador da Assíria' é uma reflexão sobre o pós-guerra e o totalitarismo, que põe em confronto, numa ilha deserta, o sofisticado e civilizado Imperador da Assíria, que sobrevive a um desastre de avião, e um arquiteto, nativo daquele lugar.
Quanto à peça da autoria do filósofo e escritor francês Jean-Paul Sartre, explora temas como racismo, opressão de classe e hipocrisia social, numa história passada no Sul dos Estados Unidos, em que uma prostituta, de nome Lizzie, se vê envolvida num dilema, quando é pressionada a testemunhar pela inocência de um homem branco da elite local, acusando um homem negro.
Simultaneamente, a Comuna vai ter o espetáculo 'O Contador da História', dirigido por João Mota, a partir de um texto de António Torrado, em itinerância, tendo começado já na quarta-feira com uma apresentação em Faro, no Teatro Lethes.
Segue-se, no dia 29 de março, uma apresentação no Cineteatro Paraíso, em Tomar, e outras no Auditório António Chainho, em Santiago do Cacém, no Centro de Artes de Sines, em Sines, e na Escola Secundária Padre de Macedo/ESPAM, em Santo André, nos dias 10, 11 e 12 de abril, respetivamente.
Este espetáculo poderá ainda rumar a Angola, para apresentações entre os dias 16 e 20 de julho, em Luanda, uma possibilidade que ainda não está fechada, revelou João Mota.
Nesta peça, há um contador de histórias, em forma de móvel retangular com gavetas, que entra pela história de Portugal, um país com quase 900 anos de memórias para contar, misturando tragédia, comédia, naturalismo, canto e música.
No âmbito da formação, está previsto um 'workshop' de 'Oficina Teatral', dirigido por João Mota, que vai decorrer entre 03 de fevereiro e 29 de março, num total de 80 horas, e uma ação de formação, dirigida por Hugo Franco, do Curso Profissional de intérpretes ator/atriz do Instituto de Desenvolvimento Social (IDS), que começa hoje e decorre até 16 de março.
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