"O deslizamento de terras enterrou completamente 40 casas, enquanto outras ficaram parcialmente danificadas. Até agora, 13 corpos foram recuperados pelas equipas da Sociedade da Cruz Vermelha do Uganda, que trabalham em colaboração com as autoridades locais e os membros da comunidade", afirmou a organização nas redes sociais.
"Devido às fortes chuvas, muitas partes do país estão a sofrer os efeitos adversos das alterações climáticas", acrescentou.
Em imagens partilhadas pela ONG e pelas autoridades ugandesas nas redes sociais, é possível ver uma enorme torrente de água com um veículo preso, bem como equipas de resgate a trabalhar na zona onde ocorreu o deslizamento de terras, onde árvores foram arrancadas e casas arrastadas.
De acordo com a Cruz Vermelha, o deslizamento de terras afetou as aldeias de Masubu, Nameche, Mamono, Tangalu, Buzemulili e Masoola, no distrito de Bulambuli.
O gabinete do primeiro-ministro ugandês confirmou igualmente a ocorrência de fortes chuvas que provocaram "catástrofes" em diferentes zonas do país.
"Suspeita-se que haja pessoas desaparecidas e receia-se que algumas tenham sido soterradas por deslizamentos de terras", afirmou.
A África Oriental já foi atingida por fortes chuvas no primeiro semestre de 2024, durante a longa estação chuvosa que geralmente dura de março a maio, e que este ano foi agravada pelo fenómeno El Niño, uma mudança na dinâmica atmosférica causada por um aumento da temperatura do Oceano Pacífico.
Em maio passado, as Nações Unidas informaram que pelo menos 473 pessoas tinham morrido, 410.350 foram deslocadas e 1,6 milhões afetadas pelas chuvas torrenciais e inundações que atingiram vários países da África Oriental, como o Quénia, Tanzânia, Somália, Etiópia, Uganda e Burundi.
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