Turquia disposta a aceitar "alguns" palestinianos libertados por Israel

A Turquia está disposta a aceitar "alguns" dos palestinianos libertados por Israel no âmbito do acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas, anunciou hoje em Doha o ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Hakan Fidan.

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© Arda Kucukkaya /Anadolu via Getty Images

Lusa
02/02/2025 13:00 ‧ há 2 horas por Lusa

Mundo

Médio Oriente

Durante as seis semanas da primeira fase do acordo de tréguas, um total de 33 reféns israelitas, oito dos quais morreram, deverão ser entregues a Israel em troca de cerca de 1.900 prisioneiros palestinianos.

 

Em troca da libertação, no sábado, pelo Hamas, de três reféns israelitas capturados durante o ataque terrorista de 07 de outubro de 2023, Israel libertou 182 palestinianos e um egípcio, segundo o Clube dos Prisioneiros Palestinianos: 150 foram transferidos em autocarros para a Faixa de Gaza, 25 para a Cisjordânia ocupada e oito, incluindo o egípcio, foram deportados para o Egito.

"O nosso Presidente afirmou que estamos dispostos a acolher alguns dos palestinianos libertados com outros países, a fim de apoiar o acordo. A Turquia, juntamente com outros países, fará o que for necessário para que o acordo de cessar-fogo possa continuar em vigor", afirmou Fidan numa conferência de imprensa conjunta em Doha com o primeiro-ministro do Qatar, Mohammed ben Abdelrahmane Al-Thani.

Durante uma reunião à porta fechada, os dois líderes discutiram principalmente "os desenvolvimentos nos Territórios Palestinianos Ocupados e na Síria", disse Al-Thani.

"Sublinhamos a importância de todas as partes respeitarem todas as disposições do acordo e de iniciarem a segunda fase" do acordo de tréguas negociado sob a égide dos Estados Unidos, do Egito e do Qatar, disse o primeiro-ministro do Qatar.

Israel confirmou no sábado à noite que as negociações para discutir as modalidades da segunda fase do acordo de tréguas, que visa libertar os últimos reféns e pôr definitivamente termo à guerra, serão retomadas na segunda-feira em Washington.

"Já iniciámos as discussões com as partes para definir a ordem de trabalhos", declarou o primeiro-ministro do Qatar.

O chefe da diplomacia turca disse ainda que a Turquia está disposta a acolher nos seus hospitais os feridos e doentes palestinianos que necessitem de cuidados que seriam difíceis de prestar nos hospitais de campanha que a Turquia enviou para Gaza.

"Há casos que necessitam de cuidados médicos que não estão disponíveis nos hospitais de campanha [em Gaza]. Concluímos os preparativos para os levar para os hospitais na Turquia", afirmou.

O chefe do governo do Qatar fez a mesma observação, sublinhando que "o Qatar dá sempre as boas-vindas aos irmãos palestinianos", ao mesmo tempo que sublinhou a necessidade de os prisioneiros serem deportados para fora de Gaza e da Cisjordânia para escolherem o país que os vai receber.

"A deportação de [alguns] prisioneiros faz parte do acordo de cessar-fogo [Israel-Hamas]. Vários países vão recebê-los (...) para o Qatar, deve ser voluntário e não forçado" escolher o país para onde serão deportados, disse o primeiro-ministro do Qatar.

Leia Também: Palestinianos protestam em Gaza contra plano "de limpeza" de Trump

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