Mzia Amaghlobeli, que dirige os meios independentes Batumelebi e Netgazeti, iniciou a greve de fome no dia em que foi detida, em 12 de janeiro.
É acusada de ter esbofeteado um chefe a polícia na cidade de Batoumi, nas costas do Mar Negro.
Mas ela entende que as razões da sua detenção são políticas. Os grupos de defesa dos direitos humanos no país consideraram-na desproporcionada.
"Ela está hospitalizada e a receber cuidados", disse o diretor da clínica Vivamedi em Tbilissi, Zourab Tchkhaidze, aos jornalistas, acrescentando que "ela continua em greve de fome e tem necessidade de cuidados hospitalares contínuos".
Os seus advogados garantem que o chefe da polícia da Batoumi, que ela é acusada de ter esbofeteado, Irakli Dgebuadze, tinha-a insultado, tentou agredi-la fisicamente na esquadra e cuspiu-lhe na cara.
Mais adiantaram que a jornalista foi maltratada enquanto esteve sob custódia.
A Geórgia está a ser palco de importantes manifestações desde que o partido Sonho Georgiano reivindicou a vitória nas eleições de outubro e suspendeu as negociações para a adesão à União Europeia.
Centenas de manifestantes, bem como vários militantes dos direitos humanos, jornalistas e políticos foram detidos desde o início das manifestações.
No domingo, quando milhares de manifestantes procuravam bloquear uma entrada de autoestrada para Tbilissi, a polícia deteve o chefe do partido liberal pró-europeu Akhali, Nika Melia, e o antigo presidente da Câmara de Tbilissi, Gigi Ugulava, uma figura da oposição.
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