Zelensky marca presença em Conferência de Segurança de Munique

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, vai marcar presença na Conferência de Segurança de Munique na próxima semana, na qual participarão também o vice-presidente dos Estados Unidos, J.D. Vance, e o enviado norte-americano para a Ucrânia e Rússia, Keith Kellogg.

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Lusa
06/02/2025 21:15 ‧ há 3 horas por Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

O chefe de gabinete da presidência ucraniana, Andrii Yermak, indicou hoje à agência norte-americana Associated Press (AP) que a delegação ucraniana será liderada por Zelensky e vai apresentar a posição de Kyiv sobre o fim da guerra e "uma paz longa e duradoura" com a Rússia.

 

"É necessário que os líderes e os especialistas em política que estarão em Munique percebam que este é o momento", sustentou Yarmak sobre a mensagem da Ucrânia para a reunião.

O chefe do gabinete presidencial indicou à AP que se está "muito perto" do fim do conflito, mas alertou que é preciso unidade, de modo a evitar fornecer à Rússia "uma oportunidade de dividir o mundo e os parceiros" de Kyiv.

A cimeira de Munique é um fórum regular para discussões globais sobre segurança internacional que assumiu um novo significado com o início da invasão russa da Ucrânia, em fevereiro de 2022.

A conferência anual decorre num momento crucial para a Ucrânia, que se esforça por estabelecer uma relação com a nova administração dos Estados Unidos, o seu principal parceiro bilateral no esforço de guerra.

Durante a campanha eleitoral, o Presidente norte-americano, Donald Trump, prometeu pôr fim ao conflito no prazo de 24 horas, revendo esta promessa para seis meses após a sua tomada de posse, em 20 de janeiro.

No entanto, a Rússia e a Ucrânia continuam distantes nas suas posições, embora tenham assumido uma inédita postura de diálogo desde que Trump regressou à Casa Branca.

Na reunião de Munique, Yermak espera que a Ucrânia possa discutir as garantias de segurança que podem ser postas em prática para evitar a persistência de agressões por parte da Rússia.

O conselheiro presidencial afirmou que não há uma data definida para um encontro entre Zelensky e Trump, mas reiterou que deve acontecer o mais rapidamente possível: "Estamos a trabalhar nisso".

Yermak confirmou, porém, que o enviado especial de Trump para a Ucrânia e Rússia visitará Kyiv após a Conferência de Segurança de Munique, no final de fevereiro.

Numa tentativa de pôr a nova administração norte-americana em dia, os ucranianos planeiam fornecer à Kellogg "informações completas e reais" sobre a situação no campo de batalha, os esforços de mobilização em curso e a entrega de armas e equipamento militar.

Na segunda-feira, Trump indicou que quer chegar a um acordo com a Ucrânia para ter acesso aos depósitos de terras raras do país como condição para continuar o apoio de Washington a Kyiv.

A observação está em linha com elementos do "plano de vitória" de Zelensky, que apresentou aos seus aliados de Kyiv, incluindo ao novo líder norte-americano no fim do ano passado.

Yermak referiu que a Ucrânia está a procurar uma parceria estratégica com os Estados Unidos mesmo após o fim da guerra, e que isso faz parte da estratégia de Zelensky na abordagem à nova administração de Trump.

"Queremos que os americanos olhem para nós não apenas pela democracia, que ajudaram a sobreviver durante esta terrível guerra da Rússia contra a Ucrânia", comentou, mas, frisou, "como um parceiro estratégico muito importante e muito interessante no futuro".

Leia Também: Ex-general russo morre na Ucrânia após ter sido recrutado da prisão

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