PAM pede ajuda para alimentar milhões de palestinianos

O Programa Alimentar Mundial da ONU (PAM) apelou hoje à comunidade internacional para que ajude a alimentar milhões de habitantes de Gaza e relata que já enviou mais de 15.000 toneladas de alimentos desde o cessar-fogo.

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Lusa
06/02/2025 22:29 ‧ há 2 horas por Lusa

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Médio Oriente

"Neste momento crucial, apelamos à comunidade internacional e a todos os doadores que continuem a apoiar o PAM para salvar vidas", disse o diretor executivo adjunto do PAM, Carl Skau, após uma visita a Gaza.

 

O PAM afirmou também que, desde o cessar-fogo em Gaza, iniciado a 19 de janeiro, enviou mais de 15.000 toneladas de alimentos a mais de meio milhão de pessoas na Faixa de Gaza, devastada pela guerra, após 16 meses de guerra.

"Pacotes de alimentos, refeições quentes e dinheiro" chegaram a mais de 525.000 palestinianos no enclave, onde o PAM também gere 22 padarias e fornece farinha e combustível, avançou Skau.

"A escala das necessidades é enorme e os progressos devem ser sustentados" e o cessar-fogo deve ser mantido, sublinhou o responsável do PAM.

A ajuda humanitária que foi levada para a Faixa de Gaza, devastada pela ofensiva militar israelita, faz parte de "um grande passo na direção certa, mas não é suficiente", afirmou.

"Precisamos de trabalhar em conjunto em setores essenciais para além da alimentação - água, saneamento, abrigos e até mesmo o regresso das crianças à escola", acrescentou, salientando que tudo isto "requer financiamento".

Skau também apelou ao apoio a Gaza para "restaurar os mercados comerciais locais e os sistemas alimentares, desde a agricultura e a transformação de alimentos até à pesca".

A visita do funcionário do PAM à Faixa de Gaza ocorreu numa altura em que Israel e o Hamas retomaram as negociações sobre a segunda fase do acordo de cessar-fogo, após 15 meses de intervenção devastadora do exército israelita em resposta ao ataque mortal do Hamas em 7 de outubro de 2023.

Cerca de 90% dos 2,3 milhões de habitantes de Gaza viram-se obrigados a deslocar-se, muitos deles várias vezes, ao longo de mais de um ano de guerra, encontrando-se em acampamentos apinhados ao longo da costa, praticamente sem acesso a bens de primeira necessidade, como água potável e cuidados de saúde.

O sobrepovoado e pobre enclave palestiniano está mergulhado numa grave crise humanitária, com mais de 1,1 milhões de pessoas numa "situação catastrófica de fome" que está a fazer "o mais elevado número de vítimas alguma vez registado" pela ONU em estudos sobre segurança alimentar no mundo.

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