"Precisamos de fazer muito mais para ter o que precisamos para a dissuasão e defesa para que o fardo seja partilhado de forma mais justa", disse Rutte, antes de uma reunião na NATO com o novo secretário da Defesa dos EUA, Pete Hegseth, que realiza a sua primeira visita à sede da Aliança e que já tinha defendido a mesma ideia na terça-feira.
"Estamos confiantes agora. A nossa dissuasão e defesa são fortes agora, mas não daqui a quatro ou cinco anos, se não tomarmos algumas decisões difíceis este ano. Os [aliados] que ainda não estão nos 2%, por favor, cheguem a esse valor antes do verão", pediu o secretário-geral da NATO, numa conferência de imprensa que antecedeu a reunião dos ministros da defesa da Aliança, que se realiza na quinta-feira.
Numa recente declaração no Fórum Económico Mundial em Davos, Trump voltou a pedir aos aliados europeus para que elevem as suas despesas militares para 5% do Produto Interno Bruto (PIB), mais do dobro do atual objetivo de 2%.
Esta nova meta proposta por Trump representa um aumento significativo em relação ao compromisso atual.
Atualmente, apenas 23 dos 32 membros da NATO aceitaram cumprir o objetivo de 2% em 2024, com a Polónia a liderar os gastos em termos de percentagem do PIB, com 4,12%58.
A exigência de Trump surge num momento de crescente tensão geopolítica, com a guerra na Ucrânia a sublinhar a importância da segurança europeia.
Anteriormente, Mark Rutte, embora não apoie explicitamente a proposta de Trump, já tinha dado sinais de que o objetivo de 2% poderá não ser suficiente para enfrentar os desafios de segurança atuais.
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