"Em segurança". Prisioneiros libertados por Minsk foram entregues aos EUA

Dois cidadãos bielorrussos e um norte-americano, que estavam detidos na Bielorrússia, foram libertados e entregues às autoridades norte-americanas, que os levaram para a Lituânia, revelaram hoje fontes do Governo dos Estados Unidos.

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© DOUG MILLS/POOL/AFP via Getty Images

Lusa
12/02/2025 23:49 ‧ há 7 horas por Lusa

Mundo

Libertações

"Esta foi uma operação especial em que atravessámos a fronteira bielorrussa e fomos a Minsk para nos encontrarmos com colegas bielorrussos que nos trouxeram estes três detidos e nos entregaram. Trouxemo-los de volta através da Lituânia. Há um cidadão norte-americano entre eles", revelou Chris Smith, secretário de Estado adjunto para a Europa de Leste, em declarações à estação CNN.

 

A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse mais tarde aos jornalistas que "um americano e duas pessoas da Bielorrússia, incluindo uma que trabalhava para a Rádio Liberty" foram libertados.

Leavitt não especificou os nomes, noticiou a agência France-Presse (AFP).

Mas o meio de comunicação social público norte-americano Radio Free Europe/Radio Liberty confirmou que uma das três pessoas era um jornalista da sua redação, Andrei Kuznechyk, que está detido na Bielorrússia "há mais de três anos".

A líder da oposição bielorrussa exilada, Svetlana Tikhanovskaya, celebrou as libertações, agradecendo ao Presidente dos EUA Donald Trump e ao seu governo, numa mensagem através da rede social Telegram.

"Informaram-me que todos os três [prisioneiros libertados] estão agora em Vilnius e em segurança", sublinhou.

Andrei Kuznechyk, editor-chefe da redação bielorrussa da RFE/RL, foi detido em 2021 e condenado a seis anos de prisão por extremismo.

A terceira reclusa a ser libertada, Aliona Mavchuk, foi detida em 2020 e condenada a seis anos de prisão por "participação em tumultos em massa" após grandes protestos antigovernamentais em Minsk.

De acordo com um assistente de Tikhanovskaya, Aliona Mavchuk está "em estado físico e psicológico grave" e foi "levada para um local seguro".

Para Karoline Leavitt, a libertação de um cidadão norte-americano após a de Marc Fogel, um norte-americano que foi detido na Rússia depois de ter sido condenado a 14 anos de prisão por posse de droga, é uma "vitória notável" para a administração de Donald Trump.

A Bielorrússia é um aliado próximo da Rússia, governada há 30 anos por Alexander Lukashenko, recentemente reeleito sem oposição para um sétimo mandato.

Em comunicado, o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, disse que os dois bielorrussos libertados eram "prisioneiros políticos" e agradeceu ao Governo lituano "pela sua cooperação e assistência", sem identificar o cidadão norte-americano.

"Continuamos empenhados na libertação de outros cidadãos norte-americanos na Bielorrússia e noutros locais. Pedimos a libertação dos quase 1.300 prisioneiros políticos que permanecem encarcerados na Bielorrússia", acrescentou o chefe da diplomacia norte-americana.

O presidente da Rádio Europa Livre/Rádio Liberdade, financiada pelos EUA, Stephen Capus, disse esperar a libertação antecipada de outro dos seus jornalistas, Igor Lossik, atualmente detido na Bielorrússia.

Leia Também: Trump recebe professor que estava detido desde 2021 na Rússia

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