Republicanos revelam plano de 4,5 biliões em reduções de impostos nos EUA

Republicanos da Câmara dos Representantes divulgaram hoje um plano orçamental que prevê até 4,5 biliões de dólares em reduções fiscais e um aumento de 4 biliões do limite da dívida dos Estados Unidos.

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© Celal Güne/Anadolu via Getty Images

Lusa
13/02/2025 06:40 ‧ há 4 horas por Lusa

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O plano orçamental também dá instruções a várias comissões da Câmara para reduzirem as despesas em, pelo menos, 1,5 biliões de dólares (1,4 biliões de euros), afirmando que o objetivo é reduzir as despesas em 2 biliões de dólares ao longo de 10 anos.

 

O projeto representa o primeiro passo de um longo processo legislativo que permitirá aos republicanos aprovar algumas das suas principais prioridades com uma maioria simples de votos.

A Comissão de Orçamento da Câmara dos Representantes deverá votar o plano na quinta-feira. O Presidente da Câmara dos Representantes, Mike Johnson, previu que o plano passaria facilmente do comité.

"Depois, trabalharemos com toda a gente durante a semana para nos certificarmos de que estão de acordo", disse Johnson.

Johnson estabeleceu um calendário ambicioso para a apresentação da resolução e da legislação subsequente, mas continuam a existir tensões no seio da conferência republicana sobre o âmbito das propostas de redução de impostos e de despesas. Alguns querem mais reduções fiscais do que as previstas no projeto, enquanto outros querem cortes mais acentuados na despesa.

"Haverá muitas negociações para a frente e para trás", disse Johnson. "Há muitas partes em movimento, mas o nosso objetivo é cumprir todas as promessas de campanha do Presidente e a agenda completa, por isso temos tempo para o fazer."

As resoluções orçamentais são frequentemente consideradas declarações de prioridades. Mas o plano de 45 páginas é mais do que um simples projeto político, uma vez que dá indicações específicas às comissões da Câmara para reorganizarem o fluxo de dinheiro federal.

Os líderes do Partido Republicano estão a pensar em cortes nos serviços sociais e, em particular, no Medicaid (programa de saúde social dos Estados Unidos para famílias e indivíduos com baixos rendimentos e recursos limitados), na medida em que procuram obter poupanças significativas.

A Comissão da Energia e do Comércio, que gere as despesas de saúde, deverá reduzir 880 mil milhões de dólares ao longo da década, enquanto a Comissão da Educação e do Trabalho deverá reduzir as despesas em 330 mil milhões de dólares. A Comissão da Agricultura deverá ter cortes de 230 mil milhões de dólares, enquanto a Comissão dos Transportes e Infraestruturas deverá enfrentar pelo menos 10 mil milhões em cortes até 2034.

Mesmo que alguns programas fossem cortados, o dinheiro seria transferido para outras prioridades de Trump, incluindo um aumento de 100 mil milhões de dólares na despesa com a defesa durante a próxima década através do Comissão de Serviços Armados e um adicional de 90 mil milhões de dólares para o Departamento de Segurança Interna, que está a levar a cabo a deportação maciça de imigrantes de Trump.

Enquanto os republicanos da Câmara avançam, os republicanos do Senado estão a desenvolver um esforço mais restrito, centrado no aumento da segurança nas fronteiras e nas despesas com a Defesa.

A Comissão de Orçamento do Senado começou a trabalhar no plano orçamental mais restrito. Permitiria gastar 175 mil milhões de dólares na segurança das fronteiras, 150 mil milhões para a defesa e 20 mil milhões para a Guarda Costeira. O orçamento não incluiria uma extensão dos cortes de impostos, deixando essa questão para ser tratada numa segunda proposta de lei ainda este ano.

O senador Lindsey Graham, presidente da comissão, disse ao vender o projeto a outros legisladores que a maioria dos americanos apoia a deportação de imigrantes que estão nos EUA ilegalmente, mas que a Imigração e a Alfândega estavam a ficar sem fundos. Adiantou ainda que serão necessários mais agentes e espaço de detenção para permitir o esforço de deportação.

Já o senador democrata Jeff Merkley, disse que o esforço do Partido Republicano acabaria por endividar ainda mais o país através de cortes de impostos maciços que, segundo ele, beneficiam principalmente os ricos. O democrata defende que essa é uma tendência que tem ocorrido repetidamente com os republicanos na Casa Branca.

Leia Também: Trump pede redução das taxas de juro paralela ao aumento de tarifas

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