Celebração pouco efusiva na sede da vencedora CDU

Os apoiantes da União Democrata-Cristã (CDU), que hoje encheram a sede do partido, em Berlim, para comemorarem a anunciada vitória nas eleições legislativas alemãs, festejaram de forma muito tímida o triunfo projetado pelos canais televisivos.

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Lusa
23/02/2025 18:17 ‧ há 3 horas por Lusa

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Alemanha/Eleições

Quando, à hora do encerramento das urnas, surgiram nos ecrãs instalados no interior do edifício Konrad-Adenauer-Haus, repleto de apoiantes da CDU e de jornalistas dos mais diversos países, as projeções das televisões alemãs, que apontam para uma vitória dos conservadores liderados por Friedrich Merz com 29%, escutaram-se aplausos mas poucas manifestações de júbilo, e reinou o silêncio quando surgiu a projeção de um resultado de 19,5% para a Alternativa para a Alemanha (AfD), o melhor resultado de um partido da extrema-direita no país desde a II Guerra Mundial.

 

Os gráficos com as possíveis coligações de que o futuro chanceler Merz terá de formar -- ou com os socialistas do SPD, do chanceler cessante Olaf Sholz, que deverá quedar-se pelos 16%, ou com a AfD, algo que a CDU já descartou -- também foram recebidos com silêncio pelos apoiantes, que lotaram o 'quartel-general' do partido, observou a Lusa.

De rosto fechado, vários apoiantes questionados pela Lusa escusaram-se a comentar os resultados, que ficarão aquém das suas expectativas, dado a CDU, há muito a anunciada vencedora destas eleições antecipadas, ficar provavelmente aquém dos 30% e precisar de parceiros de coligação do centro-esqueda, até porque os liberais do FDP, que seriam os 'aliados' naturais dos conservadores no Governo, provavelmente falharem a entrada no Bundestag, o parlamento alemão.

Uma das primeiras figuras do partido a reagir às projeções foi o seu secretário-geral, Carsten Linnemann, que se limitou a constatar que "uma coisa é certa, a União ganhou as eleições e o novo chanceler chamar-se-á Friedrich Merz".

Os alemães foram hoje chamados a eleger os 630 deputados do Bundestag, numas eleições que foram antecipadas em cerca de sete meses devido ao colapso, em novembro passado, da coligação liderada por Scholz, por falta de acordo em relação à reforma do chamado 'travão da dívida' para fazer face à recessão económica que a Alemanha enfrenta há dois anos.

Leia Também: Polícia alemã detém três manifestantes junto à sede da AfD

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