O ataque ocorreu de madrugada num abrigo em Culiacán, a capital do estado de Sinaloa, que tem sido palco de uma onda de violência desde setembro passado devido a confrontos entre duas fações do poderoso cartel de Sinaloa.
Inicialmente, oito pessoas foram mortas e seis outras ficaram feridas quando o grupo armado destruiu as portas da clínica e disparou para o interior, de acordo com o relatório oficial.
Um dos feridos morreu algumas horas mais tarde.
Este é o sétimo ataque a centros de reabilitação em Sinaloa desde setembro, quando começaram as hostilidades armadas entre os dois ramos do cartel.
Em janeiro, os combates já tinham provocado a morte de pelo menos 750 pessoas e 900 desaparecidos.
A intensidade dos combates diminuiu agora com o grande destacamento de forças de segurança na região.
O cartel de Sinaloa foi fundado por Joaquin "El Chapo Guzman", que cumpre uma pena de prisão perpétua nos Estados Unidos, e Ismael "El Mayo" Zambada, que foi detido no Texas em julho.
Os apoiantes de El Mayo acusam os filhos de "Chapo" (os "Chapitos") de terem ajudado a entregá-lo às autoridades americanas.
Em 25 de fevereiro, o secretário de Segurança do México, Omar García Harfuch, na sequência de uma conferência de imprensa em que informou que pelo menos 30 crianças tinham sido mortas em 09 de setembro devido a este conflito, garantiu que o Governo da Presidente mexicana Claudia Sheinbaum deteve 899 pessoas relacionadas com o conflito, o que "enfraqueceu" ambas as fações do cartel de Sinaloa.
García Harfuch disse que desde que a presidência de Claudia Sheinbaum começou, em 01 de outubro de 2024, o Governo enviou a Guarda Nacional para as escolas, onde "não houve um único incidente violento".
"O que fizeram as autoridades? Fizeram reforços constantes no estado de Sinaloa, enfraqueceram as estruturas criminosas, para que estes acontecimentos não voltem a ocorrer. Ao reduzir os homicídios no estado de Sinaloa, obviamente, os homicídios de menores também diminuirão", garantiu Harfuch.
Contudo, a onda de violência entre ambas as fações continua a vitimar várias centenas de pessoas tanto no México, como nos países vizinhos.
Leia Também: "Missão cumprida". Casal detido no México há mais de um mês volta aos EUA
