Em comunicado, Matthias Schmale, responsável para a Ucrânia do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), condenou "veementemente o último ataque das Forças Armadas da Federação Russa sobre Kyiv, que matou e feriu civis, incluindo crianças e uma mulher grávida".
Segundo o OCHA, "pelo menos nove pessoas foram mortas e mais de 70 ficaram feridas, incluindo várias crianças e uma mulher grávida".
Os ataques, acrescentou, "também causaram danos generalizados em casas, empresas e infraestruturas públicas".
A ONU antecipa que o número de vítimas aumente à medida que as equipas de emergência prosseguem as operações de busca e salvamento no meio dos escombros.
"O ataque em grande escala perpetrado ontem [quarta-feira] à noite pelas Forças Armadas da Federação Russa contra zonas residenciais de Kyiv e regiões limítrofes constitui mais uma terrível violação do direito internacional humanitário", sublinhou Matthias Schmale.
O responsável advertiu que "os civis nunca devem ser alvos".
"Este uso insensato da força tem de acabar", apelou.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou hoje que vai interromper a visita à África do Sul para regressar à Ucrânia, depois de os ataques russos contra Kyiv.
Zelensky condenou os bombardeamentos russos e apelou à Rússia para que cesse imediatamente os ataques.
"Já passaram 44 dias desde que a Ucrânia concordou com um cessar-fogo total e com o fim dos ataques (...). Há 44 dias que a Rússia continua a matar o nosso povo", disse ainda o chefe de Estado da Ucrânia.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
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