"O novo míssil de combustível sólido, chamado Qassem Basir, com um alcance de 1.200 quilómetros, é capaz de penetrar em diferentes sistemas de defesa aérea, como o THAAD e o Patriot (dos Estados Unidos) e os do regime israelita", revelou o ministro da Defesa iraniano, Aziz Nasirzadeh, numa entrevista à televisão estatal difundida hoje à noite.
O canal televisivo mostrou imagens de um teste de lançamento do míssil balístico, realizado a 17 de abril, indicando que "atingiu o alvo com precisão", avança a agência de notícias espanhola EFE.
O míssil foi revelado depois de o secretário da Defesa dos Estados Unidos da América (EUA), Pete Hegseth, ter feito uma ameaça direta contra o Irão, na passada quinta-feira, pelo seu alegado apoio aos huthis do Iémen, na sequência do abate de um caça F-18 norte-americano.
"Eles pagarão as consequências no momento e no local que escolhermos", ameaçou Hegseth.
Também o Presidente norte-americano, Donald Trump, ameaçou com uma ação militar contra as instalações nucleares iranianas se não for alcançado um acordo nas negociações sobre o programa nuclear de Teerão, cuja quarta ronda estava prevista para sábado mas foi suspensa.
Em reação a estas ameaças, o ministro da Defesa iraniano deixou um aviso.
"Se nos atacarem ou nos impuserem uma guerra, responderemos com a força", afirmou, acrescentando que o Irão irá atacar "os interesses e as bases norte-americanas" sem hesitar nem estabelecer "quaisquer limites a este respeito".
As ameaças por parte dos EUA foram também repetidas hoje pelo primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, depois de um míssil balístico hipersónico dos huthis ter atingido a zona do aeroporto internacional Ben Gurion, em Telavive, ferindo seis pessoas.
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