"Se alguém acredita que nos podem eliminar da equação através da pressão, está a delirar (...). Deixem que Israel cumpra a sua parte do acordo e alcançaremos um entendimento a nível interno", disse o dirigente do grupo xiita libanês, em discurso televisionado.
As suas declarações chegam entre apelos ao desarmamento do Hezbollah, que se mostrou aberto a um diálogo para definir uma estratégia nacional de segurança, se bem que a faça depender do fim dos ataques israelitas ao Líbano e da retirada das tropas de Netanhyau das cinco áreas que ainda ocupam no território libanês.
O secretário-geral do Hezbollah também criticou os bombardeamentos em grande escala feitos por Israel no final da semana passada, na região de Nabatieh, no sul do país, que mataram uma pessoa e feriram várias, no que foi um dos ataques israelitas mais violentos, desde que entrou em vigor o cessar-fogo.
Qassem acusou Israel de "brincar com o fogo" ao fazer estes ataques e garantiu que não alcança os seus objetivos desta maneira.
Disse ainda que o Estado libanês tem a responsabilidade de atuar de forma más efetiva em relação a este tipo de ataques, que violam o fim das hostilidades, e que os Estados garantes do cessar-fogo, principalmente EUA e França, também devem assumir as suas responsabilidades.
"O Líbano está a dirigir-se para a estabilidade e quem o está a impedir é Israel, com os seus ataques", acusou.
O governo libanês anunciou recentemente que quantificou 190 pessoas mortas por Israel desde a entrada em vigor o cessar-fogo, no final de novembro.
Estes ataques concentraram-se no sul do país, mas três foram feitos nos arredores de Beirute.
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