A equipa de investigadores internacionais da Holanda, Austrália, Malásia, Bélgica e Ucrânia já tinha concluído em 2023 que havia "fortes indícios" de que o Presidente russo, Vladimir Putin, tinha aprovado o fornecimento do míssil que derrubou o avião.
Num comunicado difundido na segunda-feira, a Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO) acusou a Federação Russa de não ter cumprido as obrigações ao abrigo do direito aéreo internacional durante a destruição do voo MH17 da Malaysia Airlines em 2014.
O incidente provocou a morte dos 298 passageiros e tripulantes.
Hoje, Dmitri Peskov, porta-voz da Presidência russa, disse que a Rússia não participou no inquérito sobre o incidente e que, por isso, não aceita conclusões tendenciosas.
Em 17 de julho de 2014, o Boeing 777, que voava de Amesterdão para Kuala Lumpur, na Malásia, foi abatido por um míssil terra-ar BUK de fabrico russo sobre território controlado pelos separatistas pró-russos da região de Donetsk, no leste da Ucrânia.
Entre as vítimas mortais do derrube do aparelho encontravam-se 196 cidadãos dos Países Baixos, 43 da Malásia e 38 da Austrália.
Em 2022, um tribunal holandês condenou três homens à revelia a prisão perpétua por assassínio e por terem participado na destruição do avião
Leia Também: ONU considera Rússia responsável pela queda do voo MH17 em 2014