"A Rússia tem de dar um passo decisivo e mostrar que está disposta a sentar-se à mesa das negociações", disse o chefe da diplomacia alemã, Johann Wadephul, aos jornalistas em Berlim, citado pela agência de notícias France-Presse (AFP).
Wadephul afirmou que Kiev "deu um grande passo em frente e está pronta para entrar em negociações incondicionais sobre um cessar-fogo e um acordo de paz".
Kiev afirmou na terça-feira que a ausência de Putin em Istambul seria o "último sinal" de que Moscovo não quer parar a guerra que iniciou em fevereiro de 2022, quando invadiu a Ucrânia.
O porta-voz do Kremlin (presidência russa) recusou-se hoje a comentar a proposta de Zelensky de se encontrar com Putin na cidade turca.
"A parte russa continua a preparar-se para as negociações que deverão ocorrer na quinta-feira. É tudo o que podemos dizer", respondeu Dmitri Peskov, quando questionado sobre a proposta de Zelensky.
"Por enquanto, não tencionamos fazer mais comentários", acrescentou Peskov, segundo a AFP.
Os ministros dos Negócios Estrangeiros de vários países europeus pediram na segunda-feira à Rússia progressos "sem demora" para permitir negociações sobre uma paz "justa e duradoura" na Ucrânia e admitiram a possibilidade de novas sanções contra Moscovo.
Reunidos em Londres, os chefes da diplomacia do Reino Unido, da França, da Alemanha, da Itália, da Polónia, da Espanha e da União Europeia concordaram em tomar "medidas ambiciosas" para reduzir a capacidade russa de continuar a guerra.
As medidas passariam por limitar os rendimentos da Rússia, perturbar a chamada frota sombra com que tem torneado as sanções em vigor, aumentar o limite máximo do preço do petróleo e reduzir as restantes importações de energia russa.
Leia Também: Quatro líderes de extrema-direita detidos na Alemanha