"Demos instruções para que todos os voos da Colômbia para a Venezuela sejam suspensos imediatamente", declarou Diosdado Cabello em conferência de imprensa, depois de anunciar que 38 pessoas, incluindo 17 estrangeiros, tinham sido detidas.
Cabello acusou a líder da oposição, Maria Corina Machado, que apelou para um boicote das eleições, de estar ligada "a estes mercenários e de querer sabotar" as eleições.
O governante venezuelano disse que foram detidos "mercenários" que entraram no país pela fronteira terrestre com a Colômbia e pela "rota regular" (avião).
"Entram a partir da Colômbia, mas, quando verificámos, vêm de outros destinos", referiu.
O ministro venezuelano garantiu que o plano é atacar "embaixadas, hospitais e comandos policiais".
Os voos entre a Venezuela e a Colômbia foram retomados em novembro de 2022, após anos de interrupção devido às tensas relações entre os dois países.
O governo venezuelano denuncia regularmente planos para derrubar o Presidente, Nicolas Maduro.
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) venezuelano declarou Maduro, no poder desde 2013, vencedor das presidenciais de 2024 com 52% dos votos, mas não publicou os resultados, alegando ter sido vítima de pirataria informática.
Muitos observadores consideraram esta hipótese pouco plausível.
A oposição, que publicou as atas fornecidas pelos seus escrutinadores, afirma que o seu candidato Edmundo Gonzalez Urrutia obteve mais de 67% dos votos.
Leia Também: Venezuela recebe 195 migrantes chegados das Honduras e deportados dos EUA