João Oliveira quer que a UE aumente a pressão sobre Israel

O eurodeputado João Oliveira (PCP) defendeu hoje o aumento da pressão política da União Europeia (UE) sobre Israel para ajudar as populações de Gaza e da Cisjordânia, sublinhando estar demonstrado que funciona.

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Lusa
20/05/2025 12:20 ‧ há 6 horas por Lusa

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Em declarações à Lusa, após um debate, no Parlamento Europeu, com a embaixadora da Palestina junto da UE, na Bélgica e no Luxemburgo, Amal Jadou, o eurodeputado referiu que as recentes pressões internacionais levaram o Governo de Telavive a autorizar a entrada de camiões com bens alimentares.

 

"Após pressão europeia, entraram nove camiões com ajuda humanitária", referiu, acrescentando que a população da Faixa de Gaza necessita de 44 mil para suprir as necessidades básicas.

"É fundamental que os Estados-membros da UE tenham noção do poder que têm", referiu ainda, apelando ao embargo à venda e compra de armas a Israel como forma de intensificar a pressão política.

No mesmo dia em que os ministros dos Negócios Estrangeiros da UE estão reunidos com a questão de Israel e a Palestina na agenda, João Oliveira defendeu a revogação do acordo entre o bloco e Israel, como forma de pressão.

Uma resolução de Oliveira neste sentido é debatida na quarta-feira, na sessão plenária de Bruxelas.

Hoje, a ONU foi autorizada por Israel a levar cerca de 100 camiões de ajuda humanitária para o território palestiniano de Gaza, numa altura em que a Organização das Nações Unidas receia que 14 mil bebés possam morrer nas próximas 48 horas em Gaza devido ao atraso na chegada de auxílio.

Nenhuma ajuda humanitária foi autorizada a entrar no território palestiniano desde 02 de março, pelo que as agências da ONU e organizações não-governamentais que trabalham em Gaza alertam, há várias semanas, para a escassez de alimentos, água potável, combustível e medicamentos no território palestiniano, em guerra há mais de 19 meses.

A abertura agora dada pelo Governo de Telavive foi justificada por Netanyahu com o receio de que as imagens de fome dos palestinianos fizessem com que os aliados de Israel retirassem o apoio militar e diplomático ao país.

Israel impôs um bloqueio ao território palestiniano de 2,4 milhões de habitantes em março, depois de ter posto termo a um cessar-fogo negociado em janeiro, durante o qual trocou vários reféns israelitas por prisioneiros palestinianos.

O atentado de 07 de outubro de 2023 causou a morte de 1.218 pessoas do lado israelita, na maioria civis, segundo uma contagem da Agência France Presse baseada em dados oficiais.

Das 251 pessoas raptadas nesse dia, 57 ainda se encontram na Faixa de Gaza, 34 das quais foram declaradas mortas pelo Exército.

A campanha de represálias militares de Israel causou a morte de pelo menos 53.486 pessoas em Gaza, a maioria civis, segundo dados do Ministério da Saúde do Hamas.

Leia Também: Israel autoriza entrada de "cerca de 100" camiões de ajuda da ONU em Gaza

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