Tiros contra diplomatas é "manifestação da arrogância" de Israel

O Hamas, que controla a Faixa de Gaza, acusou hoje Israel de arrogância pelos disparos de advertência das forças israelitas que visaram uma delegação diplomática internacional, incluindo um português, que visitava Jenin, no norte da Cisjordânia ocupada.

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© REUTERS/Hatem Khaled

Lusa
21/05/2025 18:50 ‧ há 6 horas por Lusa

Mundo

Médio Oriente

"O facto de os soldados israelitas terem disparado diretamente contra 25 embaixadores e diplomatas árabes e europeus durante a sua visita [...] é uma manifestação da arrogância da ocupação israelita e da violação de todas as normas internacionais", declarou o grupo islamita palestiniano em comunicado.

 

Segundo o exército israelita, os tiros foram disparados para o ar com o intuito de intimidar e fazer afastar o grupo, que, alega Telavive, se terá desviado da rota previamente acordada com as autoridades israelitas.

"As FDI (Forças de Defesa de Israel) lamentam o incómodo causado", afirmaram as forças israelitas em comunicado, sublinhando que ninguém ficou ferido.

O incidente ocorreu durante uma visita de várias delegações diplomáticas a Jenin, organizada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros da Autoridade Nacional Palestiniana (ANP) para "observar as condições humanitárias e os crimes e violações cometidos pelas forças de ocupação na zona", refere um comunicado.

A cidade de Jenin, e em particular o seu campo de refugiados, é desde meados de janeiro um dos focos da maior operação militar israelita na Cisjordânia ocupada desde a Segunda Intifada (2000-2005), na qual foram mortos dezenas de palestinianos, incluindo vários menores.

Na sua mensagem, o Hamas afirmou que a operação, apelidada de "Muro de Ferro" por Israel, procura "aplicar a anexação" do território palestiniano ocupado.

"Apelamos à comunidade internacional para que aumente a sua pressão no sentido de pôr termo aos crimes da ocupação", afirmou o grupo.

A visita de hoje contou com a presença de cerca de 30 pessoas e foram convidados países com representação diplomática nos territórios palestinianos.

Estiveram presentes jornalistas e diplomatas da União Europeia (UE), Áustria, Bulgária, Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Itália, Lituânia, Polónia, Reino Unido, Roménia, Rússia, Turquia, China, Canadá, México, Índia, Japão, Sri Lanka, Egito, Jordânia e Marrocos.

Leia Também: Netanyahu afirma que Israel "está aberto a cessar-fogo temporário"

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