"O facto de os soldados israelitas terem disparado diretamente contra 25 embaixadores e diplomatas árabes e europeus durante a sua visita [...] é uma manifestação da arrogância da ocupação israelita e da violação de todas as normas internacionais", declarou o grupo islamita palestiniano em comunicado.
Segundo o exército israelita, os tiros foram disparados para o ar com o intuito de intimidar e fazer afastar o grupo, que, alega Telavive, se terá desviado da rota previamente acordada com as autoridades israelitas.
"As FDI (Forças de Defesa de Israel) lamentam o incómodo causado", afirmaram as forças israelitas em comunicado, sublinhando que ninguém ficou ferido.
O incidente ocorreu durante uma visita de várias delegações diplomáticas a Jenin, organizada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros da Autoridade Nacional Palestiniana (ANP) para "observar as condições humanitárias e os crimes e violações cometidos pelas forças de ocupação na zona", refere um comunicado.
A cidade de Jenin, e em particular o seu campo de refugiados, é desde meados de janeiro um dos focos da maior operação militar israelita na Cisjordânia ocupada desde a Segunda Intifada (2000-2005), na qual foram mortos dezenas de palestinianos, incluindo vários menores.
Na sua mensagem, o Hamas afirmou que a operação, apelidada de "Muro de Ferro" por Israel, procura "aplicar a anexação" do território palestiniano ocupado.
"Apelamos à comunidade internacional para que aumente a sua pressão no sentido de pôr termo aos crimes da ocupação", afirmou o grupo.
A visita de hoje contou com a presença de cerca de 30 pessoas e foram convidados países com representação diplomática nos territórios palestinianos.
Estiveram presentes jornalistas e diplomatas da União Europeia (UE), Áustria, Bulgária, Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Itália, Lituânia, Polónia, Reino Unido, Roménia, Rússia, Turquia, China, Canadá, México, Índia, Japão, Sri Lanka, Egito, Jordânia e Marrocos.
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