De acordo com o ministério, "uma pessoa foi morta num ataque de drones inimigos israelitas contra um carro na aldeia de Ain Baal", no distrito de Tyr.
Outros ataques com drones mataram uma pessoa na aldeia de Yater e outra em Aitaroun, duas cidades junto à fronteira israelita.
O Exército israelita referiu, por sua vez, que eliminou "o terrorista Hussein Nazih Barja" num ataque que teve como alvo a região de Tyr, sem especificar o nome da aldeia.
Segundo as forças israelitas, Hussein Barja foi um engenheiro-chave na produção local de armas do Hezbollah, também responsável pelo desenvolvimento da infraestrutura de produção de mísseis terra-terra do movimento.
O Exército israelita afirmou ainda ter "eliminado um comandante" da força al-Radwan, a unidade militar de elite do Hezbollah, na cidade de Yater e atingido um "terrorista do Hezbollah" em Aitaroun.
Uma autoridade local em Yater disse que o ataque à sua aldeia matou um homem que estava a usar uma escavadora para limpar os escombros da sua casa danificada pela guerra, de acordo com a agência de notícias estatal libanesa Ani.
Este é o quarto ataque israelita em três dias no sul do Líbano. Na terça-feira, nove pessoas ficaram feridas. Israel, por sua vez, afirmou ter "eliminado um comandante local do Hezbollah".
Apesar do cessar-fogo que entrou em vigor a 27 de novembro, o exército israelita continua a bombardear o Líbano, afirmando ter como alvo os combatentes e as infraestruturas do Hezbollah, e mantém cinco posições no sul do território libanês.
O Líbano apela regularmente à comunidade internacional para que pressione Israel a cessar os seus ataques e a retirar-se do seu território.
Os confrontos entre o Hezbollah e Israel, que começaram após a guerra de Gaza, em outubro de 2023, evoluíram para uma guerra aberta entre setembro e novembro de 2024.
O movimento libanês pró-iraniano saiu enfraquecido deste confronto durante o qual perdeu o seu líder, Hassan Nasrallah, morto num ataque israelita.
O acordo de tréguas patrocinado pelos Estados Unidos e pela França inclui o desmantelamento das infraestruturas militares do Hezbollah entre o rio Litani e a fronteira israelita, a cerca de trinta quilómetros a sul.
Na terça-feira, o enviado adjunto dos EUA para o Médio Oriente, Morgan Ortagus, disse que o Líbano ainda tinha "muito trabalho a fazer" para desarmar o Hezbollah, "não só a sul do rio Litani", mas também "em todo o país".
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