Em curso está um abaixo-assinado para exigir o regresso do chefe principal, colocado na cadeia feminina de Tires, em substituição do anterior chefe, que entretanto se reformou.
A petição já foi subscrita por cerca de 40 guardas da prisão de Tires, segundo adiantou o sindicato, que diz que a recolha de assinaturas prossegue.
O novo chefe principal foi colocado em Tires no início de março, mas foi-lhe ordenado o regresso ao local de origem, o estabelecimento da Carregueira, algo motivado por divergências com a diretora-geral da prisão feminina, após o novo responsável ter apontado à direção do estabelecimento prisional "falhas graves de segurança", explicou à Lusa Frederico Morais, presidente do SNCGP.
Na sequência de uma queixa ao diretor-geral da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) apresentada pela diretora do estabelecimento de Tires, "que não gostou de ser confrontada" com as falhas de segurança apontadas, o chefe principal foi transferido, voltando à Carregueira, adiantou ainda o sindicato.
"As guardas de Tires estavam a gostar do método de trabalho do novo chefe e não aceitam a decisão da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais", disse Frederico Morais, que admite como resultado mais provável do plenário de quinta-feira, agendado para as 11:00 naquele estabelecimento prisional, a convocação de uma greve local.
Entre as falhas de segurança apontadas estão a "falta de guardas, excesso de atividades desnecessárias, excesso de saídas ao exterior para atos médicos desnecessários e necessidade de reorganização de escalas".
A chefia das guardas em Tires foi entretanto assumida pela guarda adjunta do comissário que se reformou.
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