Segundo fonte da Unidade Local de Saúde do Entre Douro e Vouga (ULS EDV), que tem sede no referido hospital do distrito de Aveiro, ainda não está definida a data para ativação da medida, mas uma das datas avançadas como prováveis é já esta quinta-feira.
O certo é que a cobrança vai afetar os "mais de 180 lugares" disponíveis para os veículos do público externo, que passará agora a estacionar numa zona mais próxima da entrada principal do hospital.
"O novo sistema visa responder aos desafios de mobilidade que, nos últimos anos, resultam num aumento da pressão sobre o espaço de estacionamento no hospital, e procura garantir que os lugares de aparcamento sejam utilizados exclusivamente pelos utentes e acompanhantes", adianta a administração da ULS.
Questionada sobre o preço a praticar no estacionamento, fonte do hospital não o adiantou, mas uma visita ao local já permite identificar na sinalética própria que o primeiro quarto de hora será gratuito -- a pensar nos automobilistas que se deslocam ao local apenas para aí deixar um utente -- e que, daí em diante, cada nova fração de 15 minutos custará 30 cêntimos -- num total de 1,20 euros por hora.
Para os funcionários do hospital continua a haver uma zona de parque reservada, mas essa é generalizadamente reconhecida como insuficiente, sobretudo durante os turnos diurnos, pelo que parte do pessoal também deverá recorrer à zona paga -- sem que a já referida fonte do hospital indique se esses trabalhadores usufruirão de um preço diferente em relação ao dos restantes utilizadores.
Realçando que o São Sebastião "era uma das últimas instituições hospitalares no país a manter há vários anos o estacionamento gratuito", a administração da ULS EDV adianta que assumirá ela própria a gestão do novo sistema, que funcionará ininterruptamente durante 24 horas, nos 365 dias do ano, com barreiras para controlar o acesso dos veículos e "câmaras de videovigilância para aumentar a segurança de pessoas e bens".
Quanto à receita gerada pela nova medida, o compromisso da ULS é que será "reinvestida no hospital, contribuindo para a contínua evolução dos serviços de saúde oferecidos" por essa unidade.
Medidas idênticas ainda não estão anunciadas para os hospitais de São João da Madeira, Oliveira de Azeméis e Ovar, que também integram a ULS EDV, mas a administração informa que, no âmbito da sua nova estratégia de mobilidade, para a Feira também "está prevista uma melhoria da capacidade de estacionamento para bicicletas e veículos que transportam pessoas com deficiência", quando essas viaturas sejam portadoras de cartão ou dístico legal para o efeito.
Entretanto, são três as principais situações que funcionários e utentes esperam ver resolvidas pelo novo sistema de estacionamento pago: "que se demore menos tempo a arranjar lugar" para o carro; que os lugares disponíveis "passem a ser maiores", porque até aqui eram "pequenos demais e estavam sempre a provocar riscos" e outros estragos nas viaturas; e que deixem de verificar-se os "abusos" de pessoas que se servem do estacionamento do hospital em dias de eventos com grande procura no centro da Feira, "como o [festival] Imaginarius ou a Viagem Medieval", e que, para "apanhar o autocarro para o Porto à porta do hospital, deixam o carro estacionado lá dentro todo o dia, enquanto vão trabalhar".
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