Este partido foi oficialmente reconhecido pelo Tribunal Constitucional em 11 de março e foi fundado por José Cardoso, ex-membro da IL que concorreu à liderança do partido em 2023, tendo obtido 4,3% dos votos, contra 51,7% para Rui Rocha e 44% para Carla Castro.
Em comunicado, o Partido Liberal Social (PLS) refere que, na Convenção Nacional do partido que se realizou este sábado online, foi eleita a Comissão Executiva do partido, assim como os restantes órgãos internos: Conselho Nacional, Conselho de Jurisdição e Conselho Fiscal.
No discurso de encerramento da convenção, José Cardoso afirmou que o PLS "nasce da convicção profunda de que é possível juntar liberdade com dinamismo social, iniciativa individual com solidariedade coletiva, progresso económico com sustentabilidade".
"Queremos apresentar aos portugueses uma alternativa que não tenha receio de pensar diferente e de governar. O nosso partido compromete-se a levar aos portugueses uma nova visão de país, com propostas concretas e próximas das suas preocupações diárias", afirmou José Cardoso nesse discurso.
No comunicado hoje divulgado, o PLS diz propor "uma visão inovadora e pragmática para Portugal, focada num Estado moderno, digital e desburocratizado, que garanta segurança social sustentável, justiça eficiente e maior proximidade entre cidadãos e representantes políticos".
"Defende uma maior aposta na descentralização de poderes para as autarquias, como uma revisão do ordenamento autárquico, numa economia aberta, competitiva e sustentável, com simplificação fiscal e laboral, promovendo o investimento, emprego qualificado e utilização responsável dos recursos naturais", lê-se.
O partido diz ainda defender "um compromisso social sólido, com proteção especial dos mais vulneráveis e promoção da dignidade em todas as etapas da vida".
Na sua convenção inaugural, os membros do PLS aprovaram também o programa político do partido, dividido em dez áreas, e que visa, segundo o comunicado, "servir de orientação, junto com a declaração de princípios, para a elaboração de posicionamentos políticos, propostas políticas e programas eleitorais no futuro".
Entre as medidas que o PLS defende no seu programa, consta, na área fiscal, a necessidade de um "regime fiscal simplificado e mais equilibrado de acordo com a economia".
Na saúde, o partido considera que se deve "desenvolver um regime onde o cidadão tenha liberdade de escolha de prestador de serviço, apostando assim numa maior oferta" e, na educação, promete "propor maior flexibilidade educativa para as escolas e maior liberdade de escolha para os pais dos alunos".
O PLS consagra também uma parte do seu programa político à ecologia, afirmando que pretende "promover uma cultura ecologista na sociedade", e, na área económica, defende que deve haver uma "aposta na economia circular e nas energias renováveis, rumo a uma economia ambientalmente inovadora e competitiva".
Outra das medidas que o PLS promete defender é uma reforma dos sistemas eleitorais, de forma a garantir uma "maior proximidade entre os cidadãos e os eleitos", privilegiando "a eleição de pessoas de forma nominal e não listas de partidos".
José Cardoso desfiliou-se da Iniciativa Liberal em janeiro de 2024, em choque com a direção de Rui Rocha, que acusou de desrespeitar princípios liberais e de "atropelar os princípios mais básicos democráticos como seja a separação de poderes e o direito à liberdade de expressão".
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