Coligação pré-eleitoral? Rui Rocha recusa ter entrado em "mexericos"

O líder da IL recusou hoje ter entrado em mexericos quando disse que as lideranças do PSD o tinham desafiado para uma coligação pré-eleitoral, considerando que está a ser transparente, e afirmou que Luís Montenegro não o pode desmentir.

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© Rita Franca/NurPhoto via Getty Images

Lusa
12/05/2025 17:33 ‧ há 4 horas por Lusa

Política

Legislativas

"Eu, sobre a questão dos mexericos, quero dizer que não se trata disso. Trata-se de ser transparente com os portugueses e de enquadrar os portugueses no contexto de declarações que foram feitas por responsáveis da AD. Não me parece que isso sejam mexericos", disse Rui Rocha.

 

O líder da IL falava aos jornalistas durante uma visita a uma empresa de produção de microalgas e sal marinho e reagia às palavras de Luís Montenegro que esta manhã, numa arruada em Espinho, disse não querer "distrair os portugueses com mexericos políticos", após de, este domingo, Rui Rocha ter dito que tinha sido desafiado pelo PSD para uma coligação pré-eleitoral.

Rui Rocha reiterou que, "antes da campanha, houve a tentativa por parte da AD de integrar a IL noutra plataforma", e observou que, nas declarações que fez esta manhã, Luís Montenegro não o desmentiu.

"Não é desmentido, porque não pode ser desmentido que houve essa tentativa e essa intenção", referiu, afirmando que esse desafio foi feito pela "parte mais alta liderança do PSD".

"Tenho a certeza que não dirão o contrário, nem disseram o contrário", disse.

Questionado sobre porque é que acha que Luís Montenegro não quis confirmar essas conversações, Rui Rocha reconheceu que as revelações que fez podem ter gerado "algum desconforto", mas frisou que decidiu fazê-las devido a declarações feitas por "responsáveis da AD", numa referência ao presidente do CDS-PP, Nuno Melo, que disse que a coligação do seu partido "é com o PSD, não é com mais ninguém".

"Eu tenho de ser transparente com os portugueses, tenho de dizer que essa insistência aconteceu e que a IL, precisamente porque quer mudar o país, insistiu pela sua parte, e eu próprio na liderança da IL, que era absolutamente impossível fazer outra coisa que não fosse apresentar as nossas ideias ao país, desafiar o país para a mudança", afirmou.

Rui Rocha reiterou que a IL "não é um partido de protesto" nem "uma solução de Governo para fazer igual ao que a AD fez", que foi "absolutamente insuficiente".

"Nós não existimos para passar certificados de bom comportamento à AD. Nós existimos para modificar o comportamento da AD", disse.

À beira das Salinas do Grelha, com vista para a Ilha do Farol, Rui Rocha foi questionado se considera que, sem a IL, Luís Montenegro ficaria sem luz no farol que diz ser para os portugueses.

"Eu sinto que a IL é a luz que lidera esta campanha eleitoral porque nós somos atacados de todo o lado, da esquerda à extrema-direita, à própria AD. Nós somos a luz que, neste momento, está a liderar a discussão política em Portugal", disse, considerando que o seu partido é "a luz que falta ao país".

Sobre as privatizações que defende no seu programa eleitoral, Rui Rocha disse que a venda da TAP e a liberalização do mercado ferroviário são uma "prioridade total" para a IL na próxima legislatura, mas não a RTP.

"A RTP, a seu tempo, cá estaremos, mas não colocamos isso como prioridade absoluta porque sabemos que a influência que a IL terá numa próxima governação exige compromissos. Nós somos coerentes e temos o bom senso de colocar prioridades", referiu.

Rui Rocha reiterou que o seu partido está disponível para "uma solução de governação que mude o país", frisando que o resultado das eleições irá ditar uma composição parlamentar que terá de ser respeitada.

"Teremos obviamente de respeitar as decisões dos portugueses e temos uma responsabilidade fundamental: é não deixar os portugueses sem uma solução política, respeitando essa exigência que temos, quer do ponto de vista da integridade, do rigor, das reformas absolutamente necessárias", disse.

[Notícia atualizada às 18h46]

Leia Também: Montenegro recusa "distrair portugueses com mexericos políticos"

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