"Neste momento [o PPM] é o partido que tem o melhor programa para apresentar aos portugueses. Pena que durante esta campanha não o tenhamos conseguido discutir. Discutiram-se casos e casinhas, casas e casinhas, discutiram-se coisas de lana-caprina, em vez de se discutir e falar sobre os programas que os partidos têm de apresentar aos portugueses", afirmou Gonçalo da Câmara Pereira, em Castelo Branco, numa ação de campanha junto ao Hospital Amato Lusitano (HAL).
O presidente do PPM escolheu estar junto ao hospital de Castelo Branco para apresentar o seu programa de saúde.
"Queremos falar de saúde, sobre o problema da saúde no interior do país. O interior do país está desertificado e não temos condições de habitabilidade. Os nossos hospitais não têm médicos, não têm assistência, não há equipamentos. A medicina evoluiu", sustentou.
Segundo Gonçalo da Câmara Pereira, é preciso valorizar a carreira médica e de todos os profissionais de saúde.
"São pessoas dedicadas à causa pública. Não são aumentados há dois, três ou quatro anos seguidos", frisou.
Além disso, sublinhou ainda que é preciso "dar condições aos médicos e enfermeiros" para virem para as regiões do interior.
"Não podemos estar permanentemente a levar um doente daqui a Lisboa e voltar. Isso sai caro ao Estado e os bombeiros passam mais tempo na estrada do que preocupados com outras coisas", argumentou.
Segundo o presidente do PPM, o Serviço Nacional de Saúde (SNS) "está falido e completamente desorganizado".
"A saúde está um caos. Os gestores são nomeados por quotas de partido, o que não faz sentido. Um gestor tem que ser uma pessoa de carreira que sabe o que está a fazer", defendeu, responsabilizando o PSD e o PS pelo atual estado a que chegou o SNS.
Gonçalo da Câmara Pereira considerou ainda que os distritos de Castelo Branco e de Portalegre são dos mais abandonados do país.
Questionado pela Lusa se já tinha reunido ou iria reunir com a administração da Unidade Local de Saúde de Castelo Branco (ULSCB), o presidente do PPM esclareceu que não foi feita qualquer reunião, por falta de tempo da administração hospitalar.
"Nós não reunimos porque pediram [Conselho de Administração] que não tinham tempo para nos receber e eu compreendo perfeitamente. Fico satisfeito, porque mostrou a fragilidade a que estão sujeitos", salientou.
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