IL será "exigente" sobre questões éticas em caso de acordo com AD

O líder da IL garantiu hoje que será "muito exigente" quanto a questões programáticas mas também éticas em caso de acordo pós-eleitoral com a AD, prometendo exigir as explicações que considerar adequadas a Luís Montenegro.

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Lusa
13/05/2025 13:58 ‧ há 6 horas por Lusa

Política

Legislativas

Em declarações aos jornalistas durante uma visita à Lisnave, em Setúbal, Rui Rocha foi questionado se é agora menos exigente com Luís Montenegro do que era antes de serem convocadas eleições legislativas, tendo em conta que, em fevereiro, tinha defendido que se Montenegro quisesse continuar a ser primeiro-ministro, tinha de desfazer-se da Spinumviva.

 

"Como eu já disse, teremos, proporcionando-se a circunstância, oportunidade para esclarecer tudo o que houver para esclarecer. Eu serei muito exigente", respondeu Rui Rocha que, instado a esclarecer agora qual é a sua posição sobre a matéria, pediu para não lhe pedirem para fazer um trabalho que disse não ser o dele.

"Neste momento, há umas eleições, o primeiro-ministro entenderá dar as explicações que considerar pertinentes aos portugueses. Os portugueses pronunciar-se-ão. Eu, no momento certo, exigirei as explicações que considerar adequadas", garantiu.

Nestas declarações, Rui Rocha foi ainda confrontado com as declarações do secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, que o criticou por ter deixado cair as exigências que tinha feito a Luís Montenegro em fevereiro, designadamente que pedisse desculpa aos portugueses, desse esclarecimentos e se desfizesse da Spinumviva.

O líder da IL disse que, quando fez essas exigências, se estava num "momento completamente diferente", mas garantiu que a IL "continua a ser exigente em todos os momentos".

"Agora, Pedro Nuno Santos não tem moral para falar a ninguém sobre mudanças de opinião. Vejam bem: havia uma indemnização de 500 mil euros que foi decidida por WhatsApp, que Pedro Nuno Santos nos disse um dia que não existia e, no dia seguinte, existia. Acabou mesmo por se demitir do Governo por esse tipo de impossibilidade de confiar na palavra de Pedro Nuno Santos", acusou.

Questionado sobre o que é que vai mudar na sua postura relativamente a Luís Montenegro caso chegue a um acordo pós-eleitoral com a AD, Rui Rocha respondeu: "Nós seremos muito exigentes do ponto de vista das condições programáticas de mudança do país".

"E são também muito importantes, obviamente, todas as condições de credibilidade para executar um programa que tem de ser um programa diferente. Nós cá estamos para assegurar isso, como temos afirmado", disse.

Rui Rocha voltou a apelar ao voto na IL, que qualificou como "o voto diferente, que muda o país" e, questionado se pretende estabelecer alguma meta eleitoral fixa, disse que o seu objetivo é o mesmo desde o início: "crescer, crescer, crescer".

Sobre a pasta ministerial que gostaria de ocupar, Rui Rocha referiu que "isso não é uma tema para agora", mas voltou a insistir que a IL é um "partido de governação, mas um partido de governação para fazer diferente".

"Para fazer do mesmo, não contem connosco. Nós queremos fazer diferente e, portanto, isso faz parte da nossa identidade. Somos um partido responsável, de governação, para fazer diferente, mais, para puxar o país para a frente", referiu.

Interrogado sobre como é que viu a entrada em campanha do filho de Luís Montenegro, Rui Rocha disse não querer pronunciar-se sobre o assunto, frisando que está "numa campanha política".

"É-me totalmente indiferente quem está na campanha dos outros partidos e muito mais se estivermos a falar de relações familiares. Não é essa a minha campanha. Eu não faço uma campanha de casos, sobre familiares, faço uma campanha virada para os portugueses, com medidas concretas, positivas, com energia, com coragem", afirmou.

Leia Também: Rui Rocha responsabiliza Esquerda por haver "tantos portugueses zangados"

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