Governo confirma estudo de mudança de bitola da Linha do Vouga para a ligar à do Norte

O secretário de Estado das Infraestruturas, Hugo Espírito Santo, confirmou hoje no parlamento que o Governo mandou estudar a mudança de bitola do troço norte da Linha do Vouga com vista a poder ligá-la à Linha do Norte.

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Lusa
12/02/2025 16:20 ‧ há 3 horas por Lusa

Economia

Hugo Espírito Santo

"Relativamente à Linha do Vouga, nós vamos estudar - e eu pedi à IP [Infraestruturas de Portugal] para estudar - e avaliar a possibilidade de converter a bitola, em parte da linha, para bitola ibérica, para a bitola que é a nossa principal na rede convencional", disse Hugo Espírito Santo.

 

O secretário de Estado falava no âmbito de uma audição regimental da Comissão de Economia, Obras Públicas e Habitação, que decorreu hoje na Assembleia da República.

O estudo visa também "avaliar a eletrificação e para fazer a ligação à Linha do Norte", disse o governante, garantindo que tal "vai ser objeto de estudo pela IP rapidamente".

Em dezembro, ao Movimento Cívico pela Linha do Vouga, a IP já tinha admitido o cenário de mudança de bitola em parte da Linha do Vouga e serviços diretos entre Oliveira de Azeméis (Aveiro) e Porto - Campanhã.

A Linha do Vouga está atualmente a ser renovada em bitola métrica em toda a sua extensão.

Hugo Espírito Santo disse ainda que o Governo pretende que o projeto de execução para a renovação da Linha do Norte entre Ovar e Espinho seja aprovado ainda este mês, pretendendo "lançar o concurso da empreitada em abril".

Em novembro, a IP encomendou um estudo de procura e uma análise de custo-benefício acerca da Linha do Vouga, visando investimentos futuros e incluindo a ligação à Linha do Norte, consultou a Lusa.

De acordo com o contrato assinado em novembro com a empresa VTM Consultores por 87,9 mil euros, que tem de ser entregue em outubro deste ano, em causa está "um estudo de procura, incluindo a análise custo benefício para a Linha do Vouga, visando estimar os tráfegos de passageiros passíveis de serem captados pela ferrovia".

O estudo deve considerar "a componente intramodal Linha do Vouga/Linha do Norte e intermodal considerando a complementaridade com os restantes modos de transporte, num horizonte de 30 anos".

Nas cláusulas do contrato não há qualquer menção à forma de ligação à Linha do Norte, nem qualquer referência direta à bitola, que difere da Linha do Vouga (métrica) face à do Norte (ibérica).

O Governo e a IP confirmaram entretanto, então, que a questão da bitola está a ser estudada.

No estudo, o conjunto de cenários a analisar relativamente à evolução socioeconómica e demográfica compreendem um otimista, um tendencial e um pessimista, e quanto à infraestrutura e oferta, serão estudados quatro cenários, incluindo um base, que refletirá a "manutenção das condições de infraestrutura e de oferta em 2023".

Nos restantes, o chamado cenário 1 estudará as "atuações previstas no âmbito do plano de intervenções da IP" quanto à infraestrutura e, relativamente à oferta, abordará a "introdução de famílias [de serviço] observando todas as paragens" e com supressão de algumas paragens.

Já no cenário 2, quanto à infraestrutura prevê-se o estudo das "atuações previstas no cenário 1 acrescido da eletrificação em toda a extensão da linha", mantendo-se o estudo de serviço em todas as paragens ou supressão de algumas paragens.

Estava ainda previsto um cenário 3 "a definir", que deverá então incluir a questão da mudança de bitola solicitada pelo Governo.

Quanto à análise custo-benefício (ACB), esta deverá "indicar, do ponto de vista económico e financeiro, qual a melhor solução de investimento de entre os cenários possíveis" e, após a "seleção do cenário a implementar pela IP, sintetizar numa ACB os resultados para essa solução técnica, para integrar a candidatura a cofinanciamento comunitário".

Leia Também: IP equaciona soluções para caminhos paralelos ao IP8 em Santiago do Cacém

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