"Nunca permitiremos que Taiwan se separe da China", declarou Wang, exortando Rubio a tratar a questão "com cautela", segundo uma gravação da conversa telefónica entre ambos fornecida pelo seu ministério - a primeira desde que o republicano Donald Trump tomou posse para o seu segundo mandato como Presidente dos Estados Unidos (2025-2029).
Wang acrescentou que Washington "não deve trair a sua promessa" de respeitar o princípio de "uma só China".
De um modo geral, Pequim "não tem qualquer intenção de ultrapassar ou substituir quem quer que seja", sublinhou o ministro chinês, acrescentando que a China defende, no entanto, "o seu direito legítimo ao desenvolvimento".
A China considera Taiwan parte do seu território e ameaçou recorrer um dia à força para colocar a ilha autónoma novamente sob o seu controlo.
Os Estados Unidos apoiam Taiwan há muito tempo e são o seu principal fornecedor de armas, embora sem reconhecer formalmente o seu estatuto diplomático.
O Departamento de Estado norte-americano ainda não emitiu qualquer comentário sobre a reunião entre Wang e Rubio.
Mas durante a sua audiência no Senado, na semana passada, Marco Rubio alertou para o acesso de uma China "perigosa" ao estatuto de superpotência e prometeu reforçar o apoio fornecido a Taiwan para impedir qualquer invasão.
Na conversa telefónica com o homólogo norte-americano, Wang defendeu que as duas maiores economias mundiais têm de encontrar "uma forma de se entenderem nesta nova era".
As duas partes devem "manter-se em contacto, gerir as suas divergências, alargar a cooperação e promover um desenvolvimento estável, saudável e sustentável das relações sino-norte-americanas", disse Wang a Marco Rubio, de acordo com a versão chinesa.
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