"O Governo tem disponíveis mecanismos de financiamento para fazer face aos danos provocados, tendo analisado e aprovado nesta sessão o plano de resposta que ascende a oito mil milhões de meticais (cerca de 120 milhões de euros), o qual constituirá a base para intervenções de assistência e reabilitação de infraestruturas públicas destruídas", disse o porta-voz do Conselho de Ministros, Inocêncio Impissa, após uma reunião do executivo, em Maputo.
Os ciclones Chido e Dikeledi atingiram a região norte de Moçambique entre dezembro do ano passado e janeiro, com maior impacto para as províncias de Cabo Delgado e Nampula, causando mortes e danos materiais com destruição de infraestruturas públicas e privadas.
Inocêncio Impissa indicou ainda que o Governo, na primeira fase, vai priorizar "respostas imediatas" face às necessidades nas províncias atingidas, prometendo mobilizar recursos para "intervenções de médio e longo prazos".
Em 13 de janeiro, o ciclone tropical severo Dikeledi atingiu Moçambique, causando pelo menos 11 mortos e afetando outras 250 mil pessoas, incluindo a destruição de quase 20 mil casas, segundo o mais recente balanço oficial das autoridades moçambicanas.
O ciclone Chido, que atingiu Moçambique em 14 de dezembro, causou a morte de pelo menos 120 pessoas e afetou outras 450 mil.
Moçambique é considerado um dos países mais severamente afetados pelas alterações climáticas no mundo, enfrentando ciclicamente cheias e ciclones tropicais durante a época chuvosa, que decorre entre outubro e abril.
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