Milhares em Paris exigem que Ucrânia participe nas negociações de paz

Milhares de pessoas marcharam hoje em Paris em solidariedade com a Ucrânia, exigindo que não fique à margem das negociações de paz, numa altura em que os presidente dos Estados Unidos e da Rússia iniciaram um diálogo bilateral.

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© Remon Haazen/Getty Images

Lusa
23/02/2025 16:42 ‧ há 4 horas por Lusa

Mundo

Ucrânia

A principal palavra de ordem ouvida desde o início da marcha entre a Praça da República e a Praça da Bastilha foi dirigida aos presidentes dos Estados Unidos e da Rússia, Donald Trump e Vladimir Putin, respetivamente.

 

"Trump, Putin, nenhuma negociação sem a Ucrânia", ouvia-se durante a marcha.

Quinze representantes políticos franceses participaram na manifestação convocada por várias Organizações Não Governamentais (ONG) e partidos de esquerda, segurando uma faixa com a mensagem "Vamos unir-nos para a vitória da Ucrânia".

Muitos dos participantes na marcha agitavam dezenas de bandeiras, sobretudo ucranianas, mas também europeias e algumas francesas.

Havia também cartazes com diferentes mensagens e montagens fotográficas em que Trump e Putin eram muitas vezes os protagonistas, como por exemplo numa montagem em que ambos partilhavam a mesma cama.

Ainda hoje, o Presidente da República francês, Emmanuel Macron, vai deslocar-se a Washington, acompanhado do ministro dos Negócios Estrangeiros, Jean-Noël Barrot, para reunir com Trump na segunda-feira e para discutir a guerra na Ucrânia.

Macron organizou duas reuniões esta semana com a maioria dos países da União Europeia, mas também parceiros como o Reino Unido, Noruega, Islândia e Canadá, com o objetivo de analisar a mudança radical da posição dos EUA sobre a guerra na Ucrânia.

O Presidente francês leva várias mensagens para Washington.

Uma das principais mensagens que vai transmitir é a de que Trump deve pressionar Putin para que ele se comprometa a negociar uma paz real e não apenas um cessar-fogo, como aconteceu com os Acordos de Minsk de 2014, assinados entre Moscovo e Kiev sob os auspícios da França e da Alemanha.

Outra das mensagens é a necessidade de a Ucrânia fazer parte das negociações de paz, algo que Kiev só aceita mediante garantias sólidas de que Putin não aproveitará para se rearmar e mais tarde retomar as hostilidades.

Macron vai ainda transmitir que os europeus também devem estar à mesa das negociações, porque são eles que terão de oferecer garantias de paz à Ucrânia, dada a vontade de Trump de se retirar cada vez mais da Europa.

Esta segunda-feira, 24 de fevereiro, faz três anos que se iniciou a guerra na Ucrânia, depois de a Rússia ter invadido território ucraniano.

Leia Também: Zelensky convida Trump a visitar o país: "Só quero um diálogo"

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