Canadá convida Zelensky a participar na cimeira do G7 em junho

O Canadá, que este ano preside ao G7, convidou o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, para participar na próxima cimeira, que se realizará em junho no oeste do país, anunciou hoje a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

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© TETIANA DZHAFAROVA/POOL/AFP via Getty Images

Lusa
17/03/2025 15:25 ‧ há 5 horas por Lusa

Mundo

Ucrânia

O primeiro-ministro canadiano, Mark Carney, que tomou posse na sexta-feira, falou com Zelensky e "convidou-o para a cimeira do G7 [grupo dos sete países mais industrializados do mundo] em junho, em Alberta", uma província canadiana, precisou a porta-voz.

 

Depois de falarem, no domingo, o presidente ucraniano declarou na rede social X (antigo Twitter) que tinha tido "uma boa conversa com Mark Carney", afirmando que este "tinha levantado as questões certas sobre a necessidade de aumentar a pressão sobre Moscovo", mas sem mencionar o convite do G7.

Por seu lado, o novo primeiro-ministro canadiano reiterou que o seu país "apoia firmemente a luta da Ucrânia pela liberdade contra a agressão russa".

"Uma paz duradoura na Ucrânia contribui para a segurança de todos nós", sublinhou.

Na semana passada, o G7 reafirmou o seu "apoio inabalável à Ucrânia na defesa da sua integridade territorial" e ameaçou a Rússia com novas sanções, na sequência da reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros deste clube das grandes democracias industrializadas.

O G7 - composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido - foi severamente abalado pelo regresso ao poder em Washington de Donald Trump, que se aproximou do chefe de Estado russo, Vladimir Putin, e está a travar uma violenta guerra comercial contra os seus aliados mais próximos.

Imediatamente após a reunião da semana passada, o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, reiterou o seu apelo para "concessões" por parte da Rússia e da Ucrânia.

A cimeira dos líderes do G7 realizar-se-á entre 15 e 17 de junho em Kananaskis, nas Montanhas Rochosas.

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após o desmoronamento da União Soviética - e que tem vindo a afastar-se da esfera de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.

A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kyiv têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada por Moscovo em 2014.

As tropas russas, mais numerosas e mais bem equipadas, prosseguem o seu avanço na frente oriental da Ucrânia, apesar da ofensiva ucraniana na Rússia, na região de Kursk, e da autorização dada a Kyiv pelo então presidente norte-americano cessante, Joe Biden, para utilizar mísseis de longo alcance fornecidos pelos Estados Unidos para atacar a Rússia.

As negociações entre as duas partes estavam completamente bloqueadas desde a primavera de 2022, continuando Moscovo a exigir que a Ucrânia aceite a anexação de uma parte do seu território.

Antes de regressar à Casa Branca para um segundo mandato presidencial, Trump defendeu o fim imediato da guerra na Ucrânia, asseverando que o conseguiria em 24 horas, mas não foi bem-sucedido até à data.

A Ucrânia pede garantias sólidas de segurança aos seus aliados, para evitar que Moscovo volte a atacar, ao passo que a Rússia quer uma Ucrânia "desmilitarizada" e que entregue os territórios que a Rússia afirma ter anexado, o que Kyiv considera inaceitável.

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